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Docentes da UFG vencem etapa nacional do 4º Prêmio Confap de CT&I

Em 04/07/25 14:56.

Wendell Coltro foi contemplado com o 1º lugar e José Alexandre Diniz com o 2º lugar da premiação

 

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Wendell Coltro e José Alexandre Diniz: anos de dedicação à pesquisa científica na UFG

 

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: Divulgação

Os professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) Wendell Coltro e José Alexandre Diniz foram destaques durante o 4º Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação – Professor Ennio Candotti, realizado pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), na quinta-feira (3/7), em São Paulo. Wendell Karlos Tomazelli Coltro é professor, pesquisador e diretor do Instituto de Química (IQ/UFG). Ele conquistou o primeiro lugar do prêmio na categoria Pesquisador Inovador - Inovação para o Setor Empresarial. José Alexandre Felizola-Diniz Filho, professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFG), obteve o segundo lugar na categoria Ciências da Vida. Ambos integram a relação dos pesquisadores mais influentes do mundo de acordo com levantamento realizado anualmente pela Universidade Stanford em parceria com a editora Elsevier.

O 4º Prêmio Confap possui abrangência nacional e, em abril deste ano, os dois docentes - que haviam sido contemplados em fevereiro, com o Prêmio Goiano de Ciência, Tecnologia e Inovação, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) - foram indicados como finalistas na disputa nacional. O Confap é a organização que reúne as agências estaduais de fomento à pesquisa científica, a Fapeg faz parte do conselho, faz indicações do Estado de Goiás.

A proposta do Confap com a premiação é "reconhecer, destacar e premiar pesquisadores que tenham realizado trabalhos de notável potencial e/ou contribuição para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovativo do Brasil, assim como reconhecer e premiar profissionais da área de comunicação que atuam na disseminação de pesquisas científicas, tecnológicas e inovadoras, com o intuito de fortalecer o ecossistema nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação". 

 

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UFG e Fapeg: juntas na realização e aprimoramento da qualidade e divulgação das pesquisas

 

Patentes concedidas

Com 15 anos de atuação na Universidade, Wendell é bolsista de produtividade em desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) nível 1D. Nos últimos anos, tem coordenado o Grupo de Microfluídica e Eletroforese, atuando na fabricação de ferramentas analíticas e microfluídicas por meio do processo de impressão 3D incluindo células eletroanalíticas, sensores eletroquímicos, sensores vestíveis, dispositivos embarcáveis em drones aéreos, dentre outros. O que, até o momento, resultou na participação como co-inventor de 6 patentes concedidas e de 11 pedidos de patente depositadas no Brasil e no exterior.

Na avaliação de Wendell para o Portal UFG, "o prêmio coroa a trajetória do nosso grupo de pesquisa (Grupo de Microfluídica e Eletroforese) que foca no desenvolvimento de sensores e dispositivos microfluídicos para aplicações analíticas e bioanalíticas no ponto de necessidade. Destacam-se dispositivos para diagnósticos clínicos, triagem da autenticidade de bebidas lácteas, bebidas alcoólicas, monitoramento ambiental, dentre outras”.

O pesquisador afirma também que o “o prêmio Confap é motivo de orgulho por reconhecer um grupo de pesquisa que busca o desenvolvimento de ferramentas analíticas alternativas para auxiliar a resolver problemas sociais e questões de saúde pública com propostas simples, baratas, sustentáveis e com acessibilidade global”. Ele conclui agradecendo "o apoio institucional e todo o suporte da Fapeg a projetos importantes que contribuem de forma significativa para o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado de Goiás”.

Artigo na Science

José Alexandre é professor da UFG desde 1994 e é bolsista de produtividade em pesquisa nível 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em 2014 passou a ser membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e em 2018 recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico, da Presidência da República. Coordena, desde 2017, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em "Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade" (INCT EECBio). É vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução (PPG EcoEvol) da UFG, que atualmente possui conceito 7, a nota máxima  da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Ao comentar a sua premiação, José Alexandre destaca que ela é resultado da trajetória acadêmico-científica do pesquisador ao longo dos anos. “Eu acho que esse tipo de prêmio é super importante, porque a gente sempre trabalha muito, faz bastante coisa e todo esse trabalho tem um impacto acadêmico sempre”, afirma, ilustrando como é o ciclo do professor-pesquisador: "ao mesmo tempo em que está publicando trabalhos, está orientando, e fazendo as pesquisas que vão gerar os artigos que são publicados”. 

O professor observa que no mesmo dia em que foi agraciado com o diploma e troféu do Confap em São Paulo, foi publicado um artigo do seu grupo de pesquisa na revista Science. “Todos esses trabalhos têm um impacto [positivo também para a UFG]. Por exemplo, esses rankings todos que saem das universidades, eles são em função da produção científica, mas é uma coisa coletiva, que vai pra Universidade como um todo”, comenta.  

"A partir do momento que as fundações, instituições e organizações como o Confap começam a fazer essas premiações, é muito bacana porque termina sendo mais um estímulo para a nossa carreira e para a nossa atuação na instituição”, acredita José Alexandre.

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