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Consolidar interiorização é meta da nova Diretoria do Câmpus Goiás

Em 01/07/25 18:46.

Álison Araújo e Elisandra Cardoso estão à frente da unidade acadêmica de 2025 a 2029

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Elisandra e Álison, ao centro: nova gestão é fruto de construção coletiva com a comunidade

 

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: Evelyn Parreira

Uma solenidade realizada no final da tarde do dia de São João (24/6) deu um tom festivo à chegada da nova dupla de diretor e vice-diretora ao Câmpus Goiás da Universidade Federal de Goiás (CG/UFG). O evento ao ar livre, com a participação da comunidade acadêmica, de parlamentares do município e da Câmara dos Deputados, mais a presença do prefeito do município de Goiás e da reitora da UFG deu o tom que os novos gestores queriam imprimir: a interiorização da UFG é coisa séria, mas pode ser feita com diálogo, colaboração e até com um pouco de poesia. Do ponto de vista formal, os professores Álison Cleiton de Araújo e Elisandra Carneiro de Freitas Cardoso foram empossados no dia 3 de junho nos cargos de diretor e vice-diretora, respectivamente, para o mandato 2025-2029. A dupla está sucedendo a agora ex-diretora Margareth Pereira Arbués e a ex-vice-diretora Denise de Oliveira Alves, que estavam presentes. Clique aqui para acessar o álbum de fotos do evento.

Ao conversarem com o Portal UFG antes do evento e, separadamente, os dois diretores estavam com os discursos alinhados no sentido de trabalhar pela consolidação das políticas de interiorização da Universidade no Câmpus Goiás. Na UFG desde 2011, Álison é professor do curso de Serviço Social do Câmpus Goiás e atua com as linhas de pesquisa "Estado, Serviços Sociais Públicos e Trabalho” e “Serviço Social, Trabalho e Questão Social”. Segundo ele, a expectativa para o seu mandato é muito positiva e estão animados com a nova fase que querem trazer para a Instituição. 

"O Câmpus Goiás hoje é um dos principais pilares desse projeto de interiorização. Entendemos que esse é um momento de consolidar as políticas de inclusão, sobretudo aquelas de acessibilidade, assistência estudantil, ampliar os equipamentos públicos que nós temos. Em especial a moradia estudantil que é a nossa principal frente de intervenção, mas, sobretudo, dar maior capilaridade à dimensão do ensino, pesquisa e extensão nesta região”, avalia.

Momento ímpar

O professor continua e destaca que se trata "de um momento muito ímpar, muito importante, de muita responsabilidade e comprometimento, mas também de muito ânimo, força, vontade de modificar e transformar as estruturas que estão aqui presentes no cotidiano dessa dinâmica do que é viver no interior, construir a educação no interior, pensar os problemas e necessidades sociais do interior, principalmente educacional, e dar respostas mais coerentes aos desafios que nós temos pela frente”. 

 

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Angelita e Adriana: termo de compromisso para destinar recursos para moradia estudantil

 

Já Elisandra, que está na UFG desde 2014, é docente no curso de Licenciatura em Educação do Campo. Ela trabalha com as linhas de pesquisa "Educação em Ciências e Matemática”, "Educação, cidadania e movimentos sociais” e “Formação, profissionalização docente e trabalho educativo”. Ela explica que muito do que a nova gestão pensa foi construído na campanha para a Diretoria do câmpus e é fruto de um debate coletivo. Em especial a interiorização. Ela lembra que há dois anos o Restaurante Universitário (RU) do Câmpus Goiás foi inaugurado e representou uma conquista importante e fruto de uma reivindicação antiga da comunidade acadêmica. No entanto, a vice-diretora ressalta existirem outras necessidades a serem atendidas. “Temos outras demandas de permanência que são muito específicas aqui do câmpus, do território e do perfil dos nossos alunos”, diz e complementa afirmando que querem fazer do câmpus um lugar mais vivo. “Aqui ainda tem muitos estudantes que vêm de outros lugares, somente à noite para estudar. Queremos potencializar as atividades de extensão e pesquisa para dar mais vida e melhorar o câmpus”, observa.  

Termo de compromisso

A celebração do novo ciclo do Câmpus Goiás contou com a presença da deputada federal Adriana Accorsi que assinou um termo de compromisso segundo o qual irá destinar recursos oriundos de emendas parlamentares no valor de R$ 800 mil para a construção de uma moradia estudantil. O documento foi assinado durante a solenidade e teve o prefeito de Goiás, Aderson Liberato Gouveia, como uma das testemunhas. 

Álison comenta que o evento marcou o início de uma mobilização que vai ser feita com uma ampla gama de sujeitos políticos, mas sobretudo com deputadas federais e deputados federais no sentido de contribuir para que esse processo de ampliação dos equipamentos de assistência estudantil ocorra. “Estamos começando com a deputada Adriana Accorsi. Então, pra gente é um momento celebrativo no qual assumimos a direção do câmpus e também porque tivemos essa formalização de que ela destinará uma emenda parlamentar que será o primeiro pilar para essa moradia estudantil”.

Ao cumprimentar a mesa diretiva, a deputada federal Adriana Accorsi lembrou das várias vezes que as professoras [Margareth Arbués e Denise Alves] estiveram com ela em Brasília, Goiânia e também na cidade de Goiás em busca de estrutura, recursos e valorização da UFG. Adriana Accorsi falou também da importância de estar no evento agora na posse dos novos diretores. “Fiz questão de justificar na Câmara Federal, para o presidente, a importância de estar aqui e não só por ser uma ex-estudante da graduação e da pós-graduação da Universidade Federal de Goiás, mas também por ser uma pessoa natural de Itapuranga e sei a importância de valorizar, respeitar e estruturar a educação em todo o Estado. Para que todas as pessoas tenham a oportunidade de realizar seus sonhos por meio da educação, como foi o meu caso”. 

Mesa diretiva

A mesa diretiva do evento foi presidida pela reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima. Os outros integrantes da mesa foram o prefeito de Goiás, Aderson Liberato Gouveia; a deputada federal Adriana Accorsi; o diretor do Câmpus Goiás (2025-2029), Álison Cleiton de Araújo; a ex-diretora do Câmpus Goiás (2021-2025), Margareth Arbués; a vice-diretora do Câmpus Goiás (2025-2029), Elisandra Carneiro de Freitas Cardoso; e a vice-diretora do Câmpus Goiás (2021-2025), Denise Alves.

As diretoras que deixaram o cargo fizeram agradecimentos à equipe que as acompanhou durante toda a trajetória e desejaram uma boa gestão aos novos diretores do Câmpus Goiás. Margareth também fez um relato dos principais desafios e vitórias da gestão. Do início em plena pandemia de covid-19 ao período final com a inauguração do Restaurante Universitário e o início das obras do Centro de Aulas.

 

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Posse de diretores foi prestigiada pela alta gestão UFG, comunidade acadêmica e políticos

 

Coube à reitora fazer a fala final da cerimônia na qual, dentre outras coisas, desejou sorte para a nova gestão. “O senhor tem muita sorte, é pé quente”, brincou. “Eu também tenho, mas o senhor tem mais. Por que o senhor, já na posse, cravou uma emenda de R$ 800 mil e isso com certeza deixou todo mundo feliz aqui. Então, quero desejar que essa sorte seja na verdade um insumo, um adubo para todos os momentos da sua gestão. Porque estamos em um momento importantíssimo: com o atual governo federal as universidades brasileiras estão melhores em melhores condições de ir enfrentando o que antes não podíamos, mas nós [ainda] não chegamos no ponto ideal, do ponto de vista do orçamento”.

A reitora falou que, devido a essa melhora, está sendo possível levar adiante ações como uma licitação realizada com empresas de pequenas reformas. “Nós temos oito equipes trabalhando simultaneamente, um contrato de quase R$ 10 milhões. Estão  trabalhando aqui em Goiás, em Firminópolis, em Caldas Novas, em Mossâmedes (onde temos uma Unidade de Conservação), no Câmpus Samambaia, no Câmpus Colemar, e no Câmpus Aparecida. Estão fazendo essas reformas que não são pinturas, que ainda não é para os prédios ficarem bonitos, mas para não chover nos prédios, para gente ter as condições para que possamos daqui mais um pouco fazer uma nova licitação, um novo contrato, a gente avançar um pouco mais”. 

Angelita aproveitou para falar das pequenas reformas como essenciais para a recomposição da qualidade dos espaços já existentes. “A UFG tem 370 mil metros quadrados (m²) de área construída. “É [como se fosse] um condomínio com 40 mil pessoas espalhadas em oito municípios. São 7 milhões de m² de espaço público que tem que ser gerido por nós”, diz para dar uma ideia do desafio que é gerir uma autarquia do porte da UFG. 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Notícias Câmpus Goiás