FCT comemora 10 anos do curso de Engenharia de Transportes

Texto: Luiz Felipe Fernandes

Fotos: Carlos Siqueira

Dez novas árvores: uma para cada ano de existência do curso de Engenharia de Transportes, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (UFG) da Universidade Federal de Goiás (UFG). O ato simbólico de plantio das mudas no Câmpus Aparecida de Goiânia, na manhã desta terça-feira (8/4), abriu o evento de comemoração dos dez anos do curso de Engenharia de Transportes da unidade acadêmica. Confira o álbum do evento. 

O coordenador do curso, professor João Paulo Silva Lima, lembrou que a graduação da UFG nessa área foi a primeira em uma universidade federal brasileira – um início marcado por expectativas e desafios. “Quando olhamos essa trajetória ao longo de dez anos, podemos ver os resultados, as conquistas e, principalmente, os sonhos realizados”.

O professor ressaltou que é gratificante acompanhar a formação dos estudantes e sua inserção no mercado de trabalho. A Engenharia de Transportes abrange, entre outras atividades, o desenvolvimento e a aplicação de tecnologia de infraestruturas, veículos e equipamentos, e o planejamento de sistemas de transporte e de serviços.

Para o diretor da FCT, professor Tiago dos Santos Almeida, chegar a uma década de curso é uma prova de que a decisão de ofertá-lo no Câmpus Aparecida de Goiânia foi acertada, sobretudo porque a cidade vizinha à capital se tornou um hub logístico. Ele citou como exemplo o Centro Colaborador de Apoio ao Transporte Escolar (Cecate), que atua na formação de gestores e no apoio à gestão de políticas públicas na área.

Segundo Tiago, outros projetos desenvolvidos na região têm o potencial de absorver os profissionais e o conhecimento gerado pelo curso de Engenharia de Transportes da UFG, como o novo Aeroporto Antares, que está sendo construído em uma área próxima ao Câmpus Aparecida; a possível ligação da BR-153 à GO-020; e a construção do Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira (Dianot), que deve abrigar mais de 300 empresas e gerar cerca de 20 mil empregos.

O diretor da FCT também mencionou o empenho conjunto de gestores e professores da instituição para que o curso fosse implantado e se consolidasse – esforço que atravessou as administrações dos reitores Orlando Amaral e Edward Madureira, do ex-diretor da FCT Júlio Valandro, dos professores Cristiano Farias Almeida e Willer Luciano Carvalho, e da atual vice-coordenadora da FCT, Gradisca Werneck, que foi a primeira mulher docente do curso.

Representando a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, o pró-reitor de Graduação, Israel Elias Trindade, resumiu os dez anos da Engenharia de Transportes na palavra superação. Isso porque parte do processo de implantação e consolidação do curso se deu em meio à imposição de um teto orçamentário insuficiente para as universidades federais brasileiras, seguida do período de crise global com a pandemia de covid-19.

O pró-reitor lembrou que, agora em uma nova fase de diálogo com o governo federal, a UFG foi contemplada com a liberação de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para três grandes obras, uma delas o Restaurante Universitário da FCT. As outras duas são o Centro de Aulas do Câmpus Goiás e o Espaço Intercultural UFG.

A importância do Engenheiro de Transportes

O evento contou ainda com um café da manhã para os convidados e exposição de maquetes e trabalhos de pesquisa e extensão desenvolvidos no curso de Engenharia de Transportes. Houve também um momento de homenagens a professores e autoridades políticas que ajudaram a implantar o curso e uma menção honrosa aos egressos. Foi entregue ainda um prêmio ao vencedor do concurso para o slogan dos 10 anos da graduação.

Também foi proferida uma palestra com o tema “A importância da profissão do engenheiro de transportes para o desenvolvimento nacional”. O palestrante foi o gerente de Planejamento, Pesquisa e Inovação da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemg), Leandro Rodrigues e Silva.

Leandro abordou as oportunidades e possibilidades de carreira que o engenheiro de transportes possui nas mais diversas áreas, como infraestrutura, mobilidade urbana e nos diferentes modos de transporte. Segundo ele, o engenheiro de transportes é um profissional essencial par o desenvolvimento de um país.

“Há carência desse profissional no mercado de trabalho, tanto nas instituições privadas como nas públicas. É um mercado muito promissor porque a demanda por transporte é crescente no país e são crescentes os problemas de mobilidade, trânsito, conflitos urbanos. É um profissional em ascensão e mais que necessário para o futuro da sociedade”, afirmou.