Presidente da Fapeg faz visita técnica ao Parque Tecnológico Samambaia
Marcos Arriel foi recepcionado pela reitora da UFG e viu obras que vão ser entregues em 2025
Texto: Versanna Carvalho
Fotos: Carlos Siqueira
O semestre letivo terminou, o ano está quase acabando, mas o trabalho na Universidade Federal de Goiás (UFG) continua. Um dos espaços no qual essa atividade é visível é o Parque Tecnológico Samambaia (PTS), no Câmpus Samambaia. Os prédios em construção chamam a atenção de quem passa pela rodovia de acesso ao local e é comum perguntarem do que se trata. Na sexta-feira (20/12), a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, aproveitou o final da tarde para recepcionar o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Marcos Arriel, para visitar o canteiro de obras e ficar a par do andamento dos projetos.
A reitora explica que as duas obras que estão no PTS UFG são resultados de convênios estratégicos com empresas como a Petrobras e instituições de fomento à pesquisa como a Fapeg e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Segundo ela, “essa visita hoje, antes do final do ano, junto com a Fapeg é importante, pois é uma forma de prestar contas também para os nossos parceiros, que participam com aportes financeiros”.
Outro aspecto destacado é o de informar à comunidade universitária e à sociedade em geral o que está acontecendo no Parque Tecnológico Samambaia. “São obras em fase bem adiantada e o impacto que vai ter tanto no Parque Tecnológico, quanto o impacto na pesquisa na UFG. A previsão de inaugurar uma delas em abril e outra em julho de 2025”, ressalta a gestora.
Além da reitora da UFG e do presidente da Fapeg, participaram da visita técnica ao PTS o vice-reitor da UFG, Jesiel Carvalho, a diretora-executiva da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), Sandramara Matias Chaves, o secretário de Comunicação (Secom UFG), Salvio Farias, o diretor-executivo do PST, Luizmar Adriano Junior, e o professor do Instituto de Química (IQ UFG) e coordenador do Laboratório de Cromatografia e Espectrometria de Massas (Lacem), Boniek Gontijo Vaz.
Empreendimento tecnológico
A primeira obra visitada foi a do Centro de Inovação e Empreendimentos Tecnológicos (Ciet), edifício com 1.772 metros quadrados (m2) de área construída que está sendo erguido a partir de recursos da Finep e da Fapeg. O cronograma da obra é de 18 meses e quase 40% já está executada. “O recurso da Finep inclui efetivamente a construção do edifício, mais pagamento de pessoal que é CLT [trabalhadores terceirizados contratados de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas]. Estamos falando de um montante de aproximadamente R$ 15 milhões. Quase R$ 12 milhões são para as obras e o restante é um pouco para pessoal e serviços de terceiros”, pontua o diretor-executivo do PTS UFG, Luizmar Adriano.
A outra parte do recurso que também está no projeto advém da Fapeg, que está investindo um pouco mais de R$ 2 milhões. Metade desse recurso, aproximadamente, vai para pagamento de pessoal também, que são bolsistas, e a outra parte é para a aquisição de equipamentos para incorporar o edifício quando ele ficar pronto. “Esse é um edifício que está sendo construído por conta de uma proposta que aprovamos em um edital da Finep para a implantação ou operação de parques tecnológicos. A coordenação deste projeto é da PRPI [Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação], na figura da professora Helena [Carasek, titular da PRPI], que é a coordenadora geral do projeto, mas eu também estou lá como vice-coordenador, ou coordenador adjunto”.
O objetivo da proposta é ampliar essa capacidade e especialmente receber empresas de base tecnológica dentro do Parque. “A maior parte do que a gente vai ver na obra hoje tem haver com espaços que serão destinados a empresas que muito em breve, esperamos no ano que vem, estejam instaladas ali dentro, fazendo pesquisa conosco, desenvolvendo inovação tecnológica em diversas áreas. Além disso, esse edifício também vai receber a estrutura de pesquisa e inovação do Ceia [Centro de Excelência em Inteligência Artificial]”, comenta.
Energia e petróleo
A segunda obra é do Centro de Excelência em Estudos Moleculares em Energia e Petróleo (Cemep). Trata-se de um projeto coordenado pelo professor Boniek Gontijo que tem investimento da ordem de R$ 27 milhões, sendo que a maior parte desse recurso é para o equipamento e cerca de R$ 5 milhões em obras. O espaço possui 800 m2, dos quais 700 m2 são de área construída. Cerca de 40% da construção já está edificada.
O recurso é proveniente de uma parceria da UFG com a Petrobras e tem a finalidade de ampliar essa capacidade de atendimento dos projetos em parcerias que já existem entre a UFG, por meio do Lacem/IQ, e a Petrobras. “O equipamento é muito sofisticado, muito robusto, e optou-se por ele ser implantado aqui [PTS UFG]. Primeiro também por questões de espaço físico, mas também não só por isso, mas também pelo fato de a energia ser uma das áreas prioritárias do Parque Tecnológico. É um centro de excelência que funciona muito bem porque o Parque se propõe a fazer do ponto de vista da inovação tecnológica na área de energia”, pontua Luizmar.
A avaliação do presidente da Fapeg após a visita técnica foi positiva. “As minhas impressões foram das melhores,uma vez que as obras estão adiantadas com os recursos aportados pela Finep e pela Petrobras. Já Fapeg vem somando com RH [recursos humanos], com bolsa de pesquisa e alguns equipamentos, e a expectativa nossa é que esse espaço venha a proporcionar uma ligação entre a academia, a pesquisa e o setor empresarial. Foi nesse sentido que a Fapeg aportou parte do recurso para que essa conexão seja potencializada, visando que a pesquisa venha gerar inovações que sejam incorporadas no meio produtivo, gerando novas oportunidades, emprego, renda e desenvolvimento para o nosso Estado”.
Marcos Arriel também falou da sensação de estar vivenciando um ambiente de maior fomento à pesquisa, tanto no âmbito estadual quanto federal nos últimos anos. Ele conta que a Fapeg vem tendo o seu orçamento potencializado ano a ano, desde 2023. “Em 2023 o orçamento foi cerca de três vezes mais a média dos anos anteriores, o ano de 2024, muito bom, ainda superando o ano de 2023, e a expectativa é de que em 2025 seja melhor ainda. O governador do Estado tem recomendado que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás cumpra a sua missão de fomentar a ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento do Estado, e dessa forma enxergamos que o aumento do fomento, a elevação do recurso em 2025 aponta para isso”, anima-se.
Segundo o presidente da Fapeg, “nós já estamos com a nossa proposta orçamentária pronta para executar no próximo ano de forma que o aumento desse recurso venha potencializar ainda mais aquilo que compete à Fundação, que é fomentar a ciência, tecnologia e inovação no nosso Estado para gerar o desenvolvimento”.
Fuente: Secom UFG (24/12/24)