Evento celebra 15 anos do curso de Estatística da UFG

Ricardo Lima

Em sua sexta edição, o Encontro Goiano de Probabilidade e Estatística (Engope) celebrou os 15 anos do curso de Estatística da Universidade Federal de Goiás (UFG). No primeiro dia de evento, na última terça-feira (15/10), uma mesa-redonda reuniu professores e pioneiros do curso, trazendo uma reflexão sobre a história, os desafios e as perspectivas futuras para a formação na área.

Participaram do evento professores que estiveram na criação e evolução do curso, entre eles Gisele de Araújo Gusmão, Alacyr Joel Gomes, Tatiane Ferreira da Silva e Éder Ângelo Milani. Os docentes compartilharam experiências e reflexões sobre o desenvolvimento do curso ao longo dos anos. A mediação do encontro foi feita pela professora Amanda Milani.

História do curso

A professora Gisele Gusmão, ex-diretora do Instituto de Matemática e Estatística (IME), destacou o percurso histórico do curso de Estatística na UFG. “Antes o Instituto era de Matemática e Física, com três departamentos, incluindo o de Estatística e de Informática”, comentou.

Ela mencionou que, em 1979, o Conselho Federal de Estatística sugeriu a criação de um curso próprio dessa área, e em 2005, no Conselho Diretor, o curso foi incluído no planejamento estratégico. "Foi um processo com desafios, como a carga horária extensa de Matemática e a necessidade de novos professores", ressaltou a professora.

Alacyr Gomes, outro membro da comissão inicial, lembrou os desafios enfrentados durante a elaboração do primeiro plano pedagógico do curso. "Em 2001, formamos uma comissão para discutir o curso, mas o trabalho parou quando um dos membros se aposentou”, explicou.

Ele mencionou que, embora a grade inicial contemplasse 3 mil horas, foi difícil compactá-la em oito semestres. “Aprovamos o plano pedagógico em 2013, mas o curso já estava consolidado”, afirmou o docente.

Consolidação

Tatiane Ferreira da Silva, ex-coordenadora do curso, enfatizou a consolidação e as adaptações do curso ao longo dos anos. "Em 2008, abriram-se os primeiros concursos para professores, e foram chamadas mais três vagas de última hora".

Ela ressaltou que, na época, não havia um núcleo docente estruturante, e o curso passou a se consolidar com o tempo. "Hoje, Matemática, Computação e Estatística formam o tripé da nossa formação”, pontuou Tatiane.

Já o professor Éder Milani, atual vice-coordenador e responsável pela proposta de cursos de pós-graduação, destacou o crescimento do corpo docente e a implementação de programas de especialização. Segundo ele, a criação de um mestrado na área foi um dos avanços mais significativos nos últimos anos.

“Conseguimos ampliar nossa equipe de professores e implementar o curso de mestrado em Estatística e Ciência de Dados”, afirmou Milani. Além do fortalecimento da pesquisa, ele destaca que egressos do curso ganharam mais opções de formação no IME.

Por fim, a mediadora e coordenadora do evento, professora Amanda Milani, reforçou o compromisso do IME em continuar aprimorando o curso de Estatística. Ela ressaltou que a trajetória ainda está no início. “A história do curso é construída dia a dia, assim como a carreira”, destacou. O resgate da história do curso, segundo a coordenadora, permite resiliência diante dos desafios futuros.