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UFG assina protocolo de intenções com o governo do Estado de Goiás

In 13/08/24 08:10 .

Funape irá gerir o Programa Goiano de Remineralizadores de Solo adminstrativamente

Texto: Caroline Pires

Fotos: Evelyn Parreira

A Universidade Federal de Goiás foi selecionada para ser a instituição proponente para executar o Programa Goiano de Remineralizadores de Solo com parceria de diferentes instuituições. O protocolo de intenções para a realização do projeto foi assinado na segunda-feira (12/8), entre a UFG, Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e a Secretaria de Indústria e Comércio da Estado de Goiás (SIC). O objetivo do programa é fomentar a oferta de remineralizadores de solo, insumos naturais para o solo, permitindo que se tenha um diagnóstico sobre os potenciais resíduos gerados nas empresas mineradoras do Estado de Goiás. A UFG foi selecionada para ser a proponente principal na execução deste projeto, juntamente com parceiras como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Federal de Catalão (UFCat), a Universidade Estadual de Goiás (UEG), o Instituto Federal Goiano (IFGoiano), a Agência Nacional de Mineração (ANM) e empresários deste ramo. O projeto está previsto para ter a duração de quatro a cinco anos a princípio, e receber um fomento em torno de 28 milhões de reais. Confira a galeria de fotos do evento. O projeto terá a coordenação técnica pela UFG da professora da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG) Eliana Brasil e do professor da Faculdade de Ciência e Tecnologias da Universidade Federal de Goiás (FCT/UFG), José Carlos de Araújo Neto. A coordenação-geral será da engenheira civil Lívia Marques de Almeida Parreira da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços do Estado de Goiás.

Ao elogiar a estrutura do Parque Tecnológico da UFG, o assessor da Secretaria Executiva do Ministério da Agricultura e Pecuária, José Carlos Polidoro, afirmou que o lançamento deste programa é pioneiro e adianta uma necessidade que já está pautada como política de estado no Brasil. “Sem pensar a remineralização de solos, não há agricultura no Brasil”, afirmou. Defendendo o protagonismo do Estado de Goiás nesse tema, o diretor-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Remineralizadores de Solo e Fertilizantes Naturais (Abrefen), Frederico Bernardez, destacou a importância desses insumos e da necessidade de que a sua produção seja incentivada. “Não iremos conseguir evoluir como país sem que esse tipo de programa cresça no nosso país. A Abrefen está junto com vocês nesse processo”, frisou.

A diretora-executiva da Fundação de Apoio a Pesquisa (Funape), Sandramara Matias Chaves, lembrou que a fundação gere atualmente mais de 800 projetos de pesquisa, ensino, inovação e desenvolvimento científico e tecnológico. “A Funape é uma instituição criada há 43 anos e a sua trajetória é marcada de maneira exitosa pela gestão de projetos. Que nós possamos em um breve prazo assinarmos o documento que consubstancia esse projeto de enorme destaque pro Estado de Goiás”, ressaltou a diretora-executiva.

O secretário de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, Joel Santana Braga Neto, afirmou que é notável o desenvolvimento do Estado nos últimos anos no que se refere a adequação às leis ambientais, ao mesmo tempo em que é referência na execução do seu potencial na área de mineração. “A sociedade brasileira quando olha para as mineradoras ela enxerga acidentes e degradação. Mas hoje, Goiás tem o privilégio de ter descoberto três cidades com terras raras, que serão fundamentais para o desenvolvimento do estado”, defendeu. Ele finalizou o seu discurso, afirmando que os 25 milhões de reais que o Estado de Goiás irá investir a partir de 2025 será transformado em produtividade, “estamos fazendo um esforço para diminuir o preconceito na área da mineração. Há minério em tudo o que temos, o que precisamos é saber extrair e devolver para o meio ambiente o que for necessário”.

“Mineração com justiça social e responsabilidade ambiental, esse é nosso objetivo”, afirmou a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima. Segundo ela, o auditório cheio representa a ressonância do que está sendo feito e a relevância de uma atuação forte na área da remineralização. Em especial, a reitora elogiou a importância da Funape na gestão deste e diversos outros projetos, que são fundamentais para a universidade, reverberando em impacto social para a sociedade goiana. Segundo ela, o cerrado tem urgência para esse tipo de ação, e a UFG se coloca à disposição, com toda a sua ciência e capacidade de pesquisa para a efetivação desses incrementos. 

 

 

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Fonte: Secom/UFG

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