UFG dá início ao Programa de Saúde alunos indígenas

Texto: Carolina Melo

Fotos: Júlia Barros

Parte do planejamento de gestão, o Programa de Saúde Indígena da UFG iniciou na quinta-feira (4/7) as ações de saúde aos discentes do Núcleo Takinahaky que durante o mês de julho irão cumprir a etapa do curso de Educação Intercultural na Universidade. A ideia é que os acadêmicos e seus familiares sejam acompanhados, ao longo da estadia, pelas áreas da saúde médica, de enfermagem, odontológica e mental. O Programa também irá atender os estudantes indígenas da Licenciatura em Educação do Campo (Ledoc) do câmpus Goiás para os atendimentos referentes à oftalmologia.

Em conjunto com a coordenação do Núcleo Takinahaky, com a Pró-reitoria de Graduação (Prograd), Pró-reitora de Assuntos Estudantis (PRAE/UFG) e o Centro de Saúde do câmpus Samambaia, e com a Secretaria de Inclusão (SIN/UFG), o projeto planejou três grandes ações. A próxima será realizada quinta-feira (11/7) e a terceira ficou marcada para sábado (20/7). Durante os encontros, são disponibilizados postos de vacinação e levantadas as prioridades de atendimento na área da saúde dos estudantes, para posterior encaminhamento, tendo em vista as necessidades identificadas na triagem médica e odontológica. O Programa envolve uma rede de serviços universitários e conta com a articulação com o Hospital das Clínicas (HC/UFG), com o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) da UFG e o envolvimento de docentes e discentes do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da Faculdade de Medicina (FM), da Faculdade de Odontologia (FO), da Faculdade de Enfermagem (FEN),da  Faculdade de Farmácia (FF).

De acordo com a pró-reitora adjunta de Graduação, Heliny Neves, ao focar na saúde indígena, o projeto de extensão beneficia o acompanhamento dos povos durante a etapa do curso na universidade, mas também promove uma oportunidade de aprendizagem aos acadêmicos da área da saúde, que estão sendo preparados para a especificidade do atendimento. “A saúde indígena não é muito inserida nos currículos. Então os acadêmicos estão sendo treinados para a abordagem diferenciada”.

De acordo com a reitora Angelita Pereira Lima, o Programa de Saúde Indígena na UFG vem sendo estruturado para articular a saúde, o ensino e a extensão e visa a promoção não só de atendimento e acolhimento, como também de pesquisas na área da saúde indígena. Para o vice-reitor Jesiel Freitas, o projeto de extensão “enche a universidade de orgulho” e demonstra o aumento do engajamento da UFG com os acadêmicos indígenas e “com a população originária do Brasil”. Entre os parceiros do Programa estão a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), a Gerência de Saúde Mental do Estado de Goiás e a rede de serviços da Secretaria Municipal de Saúde.