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UFG é escolhida para compor GT do Ministério do Meio Ambiente

在 14/05/24 14:37 上。

Um dos objetivos é colaborar com a regulamentação da geração de créditos de carbono

Texto: Caroline Pires

 

A atuação da Universidade Federal de Goiás (UFG) na área de uso de tecnologias para preservação do meio ambiente, especialmente do Cerrado, foi mais uma vez reconhecida. A UFG foi uma das instituições escolhidas pelo Ministério do Meio Ambiente para compor o Grupo de Trabalho Técnico sobre Mensuração, Relato e Verificação de REDD+ (GTT-MRV). Entre as atividades do grupo, está o desafio de revisar conteúdos e promover dados e parâmetros técnicos para o Brasil, no âmbito da Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), com o objetivo de obter recursos, por meio da geração de créditos, que poderão ver vendidos no mercado de carbono. O grupo de trabalho terá o prazo de vigência de dois anos.

O assessor especial da Reitoria para Assuntos Estratégicos, Laerte Guimarães Ferreira, lembra que o REED foi instituído pela Conferência de Kioto, em 1997, mas que nos últimos anos passou a ganhar mais relevância, tendo em vista o mercado de carbono está em crescimento e é potencialmente muito interessante para ser explorado pelo Brasil. Um exemplo importante, de acordo com o professor, é o Fundo Amazônia, criado em 2008, sob gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que capta recursos, contrata e monitora projetos na área de preservação ambiental. A Universidade Federal de Goiás participa do Comitê Técnico Científico do Fundo Amazônia, desde 2023, e tem trabalhado de forma colaborativa para estabelecer os níveis de referência com relação ao mercado de carbono. “A UFG tem integrado este e vários outros projetos com protagonismo, colaborando sempre para o desenvolvimento do Brasil nesta área. Precisamos trabalhar em rede para que consigamos enfrentar os gigantescos desafios ambientais do século XXI”, considerou.

A gestão da UFG tem trabalhado intensamente neste sentido, demandando do Governo Federal a criação do Instituto Nacional para o desenvolvimento sustentável do Cerrado. “O Cerrado e o Pampa são os únicos biomas brasileiros que não contam com uma instituição deste tipo. Acreditamos que um olhar apurado para essas áreas pode colaborar de maneira exemplar para a preservação e minimização de desastres ambientais”, considerou Laerte Guimarães Ferreira. A criação do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (CEMPA-Cerrado), em outubro de 2023, é um outro exemplo do protagonismo da UFG no enfrentamento dos desafios ambientais que já vivenciamos de forma grave. O Centro, uma iniciativa da UFG em parceria com o Estado de Goiás e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), atua principalmente na produção de informações de tempo e clima, gerados a partir de modelos físico-matemáticos e dados obtidos por satélites, o que é fundamental para melhor orientar e apoiar diferentes setores da sociedade, do agronegócio à defesa civil e saúde pública, ao mesmo tempo que criando a possibilidade de uma convivência mais harmônica e sustentável com o ambiente.

Outra ação que também coloca a UFG como referência nessa área de atuação foi a participação do Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (Lapig) na iniciativa FIP Cerrado (Forest Investment Program), a qual originou o programa do governo federal para o monitoramento sistemático dos desmatamentos no bioma Cerrado (PRODES / DETER Cerrado). Hoje o monitoramento de desmatamentos e queimadas no Cerrado situa-se no âmbito do programa Biomas BR, liderado pelo INPE e financiado pela FINEP, no qual o Lapig é responsável pela validação dos dados de desmatamentos para todos os biomas do país.

FICA 2024

A UFG é correalizadora da edição deste ano do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA). O evento será realizado na Cidade de Goiás, entre os dias 11 e 16 de junho, e terá como tema “Tecnologia, Inovação e Mudanças Climáticas”. O Fica é realizado há 25 anos e levanta o debate sobre as questões ambientais, em suas mais diversas vertentes. Neste ano o FICA recebeu as inscrições de mais de mil filmes, de 77 países diferentes. O tema deste ano tem como objetivo fomentar as discussões sobre a tecnologia alinhada a uma economia de baixo carbono, visando subsidiar os debates que já estão acontecendo e que serão objeto da COP-30, encontro a ser realizado em 2025 na cidade de Belém.

资源: Secom/UFG

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