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Projetos da UFG são aprovados em edital de políticas afirmativas

Em 08/01/24 15:20.

Propostas incluem estudos sobre autonomia assistiva na educação e promoção da saúde

Texto: Jayme Leno

 

A Universidade Federal de Goiás (UFG) teve dois projetos aprovados no Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) – Políticas Afirmativas e Diversidade. São eles: "Investigação de Políticas e Tecnologias para Acessibilidade para Promoção da Autonomia Assistiva na Educação" e "Promovendo a Saúde e a Segurança Alimentar em Comunidades Tradicionais: Desafios na Gestão do Consumo de Pescado Extrativo Frente aos Riscos de Contaminação por Mercúrio, Agrotóxicos e Micropoluente".

O edital é uma iniciativa conjunta entre a Secretaria de Alfabetização Continuada, Diversidade e Inclusão (Secad) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) voltada para a formação de recursos humanos de alto nível e a pesquisa acadêmico-científica em temas relacionados às políticas afirmativas e à diversidade na educação.

Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação da UFG, Felipe Terra Martins, os projetos serão fundamentais para a Universidade e a Capes cumprirem suas missões de desenvolvedora e fomentadora, respectivamente, de respostas aos desafios de grupos sociais mais vulneráveis, visando à inclusão de todos na cadeia de produção do conhecimento e de inovações tecnológicas.

Propostas

O projeto "Investigação de Políticas e Tecnologias para Acessibilidade para Promoção da Autonomia Assistiva na Educação", coordenado pelo professor Fabrízzio Alphonsus Alves de Melo Nunes Soares, do Instituto de Informática (INF), tem como um dos objetivos o desenvolvimento de protótipos de tecnologias para acessibilidade, considerando as diferentes barreiras, como cegueira, baixa visão, surdez, barreiras cognitivas, dentre outras.

Além disso, prevê a melhoria e o desenvolvimento de tecnologias assistivas para auxiliar os cegos no aprendizado de braille e na escrita por esse sistema em dispositivos móveis, com foco na acessibilidade comunicacional.

O estudo terá participação de diferentes programas de pós-graduação da UFG, como os PPGs em Ciência da Computação, em Letras e Linguística e em Educação, além de outras instituições, como o Instituto Federal Goiano (IF Goiano), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL).

O projeto ainda buscará trazer respostas para definições de recomendações de desenho de software para diferentes deficiências, prover um mapeamento de softwares existentes, bem como construir um esboço de políticas que possam orientar o desenvolvimento de sistemas orientados às características de cada deficiência.

Já o projeto "Promovendo a Saúde e a Segurança Alimentar em Comunidades Tradicionais: Desafios na Gestão do Consumo de Pescado Extrativo Frente aos Riscos de Contaminação por Mercúrio, Agrotóxicos e Micropoluente" é coordenado pela professora Tatianne Ferreira de Oliveira, da Escola de Agronomia (EA). A proposta tem como objetivo analisar e quantificar, com metodologias específicas, os níveis do metal pesado tóxico mercúrio, além de agrotóxicos e micropoluentes, em diferentes amostras, como água, solo, peixes e outros alimentos consumidos, como carne de caça, além de amostras biológicas de garimpeiros e de pessoas da população ribeirinha nas comunidades e povos tradicionais e quilombolas.

Esses estudos serão desenvolvidos pela equipe de pesquisadores da UFG, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade Federal de Pará (UFPA). A proposta deverá trazer respostas para a implementação de políticas de apoio à sustentabilidade de povos e comunidades tradicionais, além de alertar sobre os possíveis riscos à saúde da população envolvida.

Fonte: Secom UFG

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