Centro de Memória da UFG é lançado
Evento realizado hoje apresentou as três ações inaugurais
Texto: Carolina Melo
Fotos: Carlos Siqueira
Para celebrar a história institucional, o Centro de Memória da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi inaugurado hoje (11/12), abrindo as comemorações do aniversário de 63 anos da Universidade. O evento reuniu figuras históricas que carregam a memória da UFG e apresentou a comissão que irá conduzir os trabalhos do Centro de Memória, coordenado pelo professor Pablo Lisboa. A mesa de abertura contou com a presença da reitora Angelita Pereira Lima, da pró-reitora de Extensão e Cultura, Luana Ribeiro e dos ex-reitores Milca Severino (1998-2002 / 2002-2006) e Edward Madureira (2006-2010 / 2010-2014 / 2017-2021). O ex-reitor Orlando Afonso Valle do Amaral (2014-2017) e o vice-reitor Jesiel Carvalho não puderam comparecer devido a compromissos profissionais.
Conforme apresentado durante o evento realizado no saguão da Reitoria, o Centro Memória tem início com três ações inaugurais: A série de entrevistas “UFG Memória Relatos”, que em sua primeira temporada traz o depoimento 19 testemunhas da história da instituição; O UFG 360º, que promove tours virtuais da entrada do prédio da reitoria, dos estúdios da TV UFG e da Rádio Universitária; e a Linha do Tempo dos prédios administrativos, determinando datas e sujeitos determinantes para a construção dos espaços.
O coordenador do Centro de Memórias da UFG, Pablo Lisboa, foi representado pela pró-reitora de Extensão e Cultura, Luana Ribeiro, que leu o seu discurso. Conforme exposto, Pablo Lisboa destacou o movimento de resgate da história da Universidade, garantido pelo “olhar atento e a percepção sensível da reitora Angelita Pereira Lima e do vice-reitor Jesiel Carvalho” e chamou a atenção para a atuação dos 13 servidores que compõem o projeto. “Paulo Freire em sua humanidade desenvolveu um pensamento que tenho como basilar: a educação não transforma o mundo, transforma pessoas e as pessoas transformam o mundo, e é assim, com pessoas, que faremos o Centro e Memória acontecer”. Ainda segundo Pablo, “trabalhar com memória é tarefa indigna, pois não se pode preservar tudo. Sempre há cortes e recortes, mas vamos trabalhar para obter o maior êxito nas ações que estamos propondo”, disse. Após a leitura da carta, a pró-reitora Luana Ribeiro colocou a Proec à disposição para o fortalecimento do projeto.
A ex-reitora Milca Severino Pereira parabenizou a todos os atores e pessoas que “participaram da condução da universidade” e mencionou a importância do primeiro reitor da UFG, Colemar Natal e Silva. “Graças àquele movimento do passado estamos aqui hoje”. A ex-reitora falou sobre a atuação e contribuição da universidade que fortalece o sentimento de esperança. “Enfrentamos desafios enormes até aqui, mas a Universidade, ao meu juízo, tem uma força e uma capacidade de rever conceitos, valores e atribuições, enfrentando o desânimo e ansiedade e nos dando esperança. A universidade é um lugar onde a esperança é possível de ser cultivada, devido a sua autonomia e liberdade, e de seu conhecimento em prol da sociedade”, afirmou. “Parabéns a todos, estudantes, funcionários do quadro técnico-administrativos, professores e professoras. Sinto que vamos aprender muito com todos os registros que serão realizados. Que tenhamos uma linda celebração dos 63 anos da UFG”.
O ex-reitor Edward Madureira, afirmou sobre a alegria de estar vivenciando o momento de construção de um Centro de Memória na Universidade. “Enalteço essa iniciativa da atual gestão”, disse. E destacou a retomada do espaço do casarão na rua 20, como uma possibilidade de espaço para acolher o Centro de Memória. “Não tem como não lembrar de Colemar Natal e Silva, mas lembro também de outra figura simbólica para a Universidade, o professor Orlando de Castro, que estava preparando um livro sobre a história da UFG, de forma manuscrita. Esse Centro de Memória traz a possibilidade de reunir toda essa história, para preservar e cuidar de uma memória tão bela e rica, fruto do compromisso das pessoas que fazem a universidade. É nessas pessoas que a gente se inspira para continuar lutando. Obrigada por estar aqui”, disse.
Lançamento foi realizado no hall de entrada do prédio da Reitoria
A reitora Angelita Pereira Lima afirmou que o Centro de Memória é um presente dado à UFG. “Uma instituição será forte se ela tem memória e meios para contar a sua história”, disse. Conforme relembrou a reitora, o trabalho de retomada da documentação da história da Universidade ocorreu há um ano, com a exposição do Jornal Quarto Poder e o resgate do papel de Colemar Natal e Silva. “Não há nada mais nobre do que reverenciar e celebrar os que vieram antes de nós”, destacou a reitora. Segundo ela, com a homenagem aos que nos antecederam, com a exposição do Quarto Poder, e outras no âmbito institucional, a gestão teve as condições para idealizar o Centro de Memória. “Como demonstrou a teórica Ecléa Bosi, mesmo a memória individual só se realiza com a memória coletiva. Nossas memórias individuais só são possíveis na coletividade”, afirmou Angelita. “Para continuar caminhando rumo ao primeiro centenário da UFG, é muito importante o passo que estamos dando hoje. A memória e o tempo são dois elementos cheios de mistérios e atravessamentos. E é muito bom quando outros olhares se direcionam e trazem novos elementos. Agradeço ao professor Pablo Lisboa pelo desafio aceito de instalar o Centro de Memória”.
Visitantes acompanharam a exposição
“Uma instituição será forte se ela tem memória e meios para contar a sua história”, afirmou a reitora
Quelle: Secom UFG