ICB recebe equipamentos para pesquisa de doenças raras

Texto: Kharen Stecca

Fotos: Júlia Barros

A Universidade Federal de Goiás recebeu no dia 8 de dezembro o senador Vanderlan Cardoso para inaugurar a  plataforma de diagnóstico molecular/rastreamento genético. A plataforma apoia as pesquisas com genética e biologia molecular da Esclerose Lateral Amiotrófica no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG. Em 2023, o senador destinou emenda para a compra do equipamento Quantstudio Real Time e já fez o compromisso de destinar recursos de suas emendas individuais para o ano de 2024 para a compra do Sequenciador de DNA de nova geração (NGS). Juntos os dois equipamentos somam mais de R$ 3,17 milhões que serão adquiridos com recursos de emenda. Participaram da solenidade a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, os professores do Laboratório de Patologia Molecular Rodrigo Santos e Ângela Adamski, o Diretor do Instituto de Ciências Biológicas, Gustavo Pedrino, entre outras autoridades. 

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é um distúrbio neurodegenerativo, progressivo. Embora incurável pode ser tratável e as pesquisas são importantes para o desenvolvimento de novas terapias e diagnósticos. Segundo o professor Rodrigo Santos, por mais que já existam políticas públicas para doenças raras, o diagnóstico e tratamento delas ainda precisa avançar em precisão. "O diagnóstico de uma doença como a Esclerose Lateral Amiotrófica costuma demorar um ano entre idas e vindas aos médicos, o que diminui a possibilidade de ação contra a doença. Então avançar no entendimento dos biomarcadores da doença é dar esperança para essas pessoas." Além disso, ele ressalta que é possível prever a suscetibilidade de alguém a doença evitando o problema. O professor explica que hoje o laboratório tem parceria com o Centro Estadual De Reabilitação e Readaptação - CRER e o biorepositório já tem amostras de mais de 100 pacientes, mas o objetivo é montar uma plataforma para atender o SUS por meio da Secretaria Estadual de Saúde. Durante a fala no evento o professor destacou o quanto fazer ciência no Brasil ainda é difícil e agradeceu o apoio do senador ao projeto. 

A professora Ângela destacou também o papel da medicina genômica que permite o paciente saber de sua suscetibilidade à doença e também contribuir na terapia do paciente. O diretor do ICB, Gustavo Pedrino, ressaltou a qualidade da equipe, agradeceu pelo aporte financeiro à universidade e destacou que o ICB é uma das maiores unidades da UFG, atendendo mais de 7 mil alunos ao ano e 24 cursos de graduação, o que ressalta a importância do trabalho desenvolvido na unidade. A reitora da UFG lembrou que os resultados científicos demoram a surgir, mas que sempre resultam em serviços públicos oferecidos à população. "Ciência se faz em rede e não em laboratórios fechados e o ICB é um excelente exemplo disso", afirmou. Ela lembrou que, a despeito de tudo que a universidade passou nos últimos anos e de estar em fase de recuperação, ela nunca deixou de fazer ciência e a pesquisa permanece forte na instituição. 

Durante o evento o Senador também assinou um ofício garantindo recursos de emenda individual parlamentar para a compra de 500 computadores na universidade. Vanderlan ressaltou a necessidade de investir nas universidades e lembrou que estamos perdendo pesquisadores para outros países. Ele reiterou o compromisso de continuar apoiando a UFG em seus projetos.