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Docente da UFG vai à missão de pesquisa sobre combustíveis sustentáveis

Em 27/09/23 18:27.

Laís Thomaz representa Instituição em delegação federal na Noruega, Finlândia e Países Baixos

No mês de setembro, a secretária de Relações Internacionais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Laís Thomaz, participou de agendas em Oslo na Noruega, Helsinque e Porvoo na Finlândia, Amsterdã e Utrecht nos Países Baixos para o projeto de pesquisa "Estudos acerca das alternativas do setor aéreo relacionados ao uso de Sustainable Aviation Fuels (SAF)”. O estudo, financiado pela Secretaria da Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos, é coordenado pelo professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Fabrício Campos e conta com representantes de sete universidades federais. Na missão, além da UFJF e UFG, também esteve presente a coordenadora da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação (RBQAV), Amanda Gondim, da qual Laís, que também é professora da Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da UFG, faz parte.

Dentre as atividades nesta missão, a pesquisadora que participa ativamente da pesquisa na parte de boas práticas regulatórias, ajudou a fazer os contatos e organizar os encontros com as instituições internacionais. As visitas internacionais tiveram como objetivo compreender melhor os marcos regulatórios relacionados ao uso e à produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). A Noruega foi o primeiro país a ter um mandato exigindo uma porcentagem de mistura de SAF no querosene de aviação.

Os pesquisadores tiveram reunião com a empresa aeroportuária Avinor que atua desde 2011 buscando estabelecer propostas para estabelecer a produção de biocombustíveis comercialmente viável para a aviação na Noruega. Além disso, visitaram o Instituto for Energy (IFE) na qual discutiram projetos de rotas tecnológicas para SAF e visitaram o laboratório de hidrogênio e o centro de testes de células de combustível e tecnologia de hidrogênio Hynor

Já em Helsinque, foram feitas reuniões com a empresa aérea Finavia, a empresa aeroportuária Finavia, a consultoria AFRY, ao grupo de pesquisadores da Åbo Akademi University que trabalham no projeto SynJet bem como pesquisadores do projeto emblemático (Flagship) Atmosphere and Climate Competence Center (ACCC) que é um consórcio entre a University of Helsinki, Tampere University, University of Eastern Finland e o Finnish Meteorological Institute. 

A empresa finlandesa Neste é a maior produtora de SAF no mundo e os pesquisadores puderam conhecer sua planta em Porvoo e também tiveram uma reunião com os representantes da empresa em Amsterdã . O primeiro lote de SAF foi feito a partir de óleo de camelina, pela rota tecnológica conhecida como HEFA-SPK. A professora ressaltou que a Neste tem sido uma grande propulsora de pesquisas na área de SAF e abriu suas portas para receber os pesquisadores brasileiros em três países em que atua, pois em abril deste ano, também foi feita visita técnica em sua usina na Califórnia, Estados Unidos.

"Estamos observando o que outros países têm feito para uso e incentivo à produção de SAF para ajudar a subsidiar os tomadores de decisão no Brasil. Para isto tem sido feito o levantamento dos principais atores, marcos regulatórios e políticas internacionais para promoção e uso de SAF, incluindo detalhamentos a respeito do mecanismo book and claim (B&C) e da realização de visitas técnicas às unidades industriais e laboratoriais de organizações estrangeiras que detêm o domínio de tecnologias circunscritas à cadeia de produção de SAF e análise do grau de desenvolvimento e maturidade das tecnologias (TRL) de conjuntos industriais e processos disponíveis para produção deste combustível", afirma Laís.

Segundo Laís Thomaz, o apoio do Ministério de Relações Exteriores e da Business Finland foi fundamental também para a missão: "tivemos reuniões com as embaixadas do Brasil em Oslo, Helsinque e Amsterdã e foi fundamental para pensarmos também nas possibilidades de cooperação. Sem o apoio da Embaixada da Finlândia no Brasil e da Business Finland com certeza não conseguiríamos ter acesso aos diferentes stakeholders da cadeia produtiva de SAF neste país".

Na Organização Holandesa para Pesquisa Científica Aplicada, conhecida como TNO, Laís ainda teve uma agenda com o diretor André Faaji na cidade de Utrecht, o qual também está liderando projetos de SAF no país.

Combustível do futuro

No último dia 14 de setembro, foi assinado o Projeto de Lei (PL) 4516/2023 para criação do Programa Combustível do Futuro em cerimônia no Palácio do Planalto. Neste PL há a criação do Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV).

Esta proposta legislativa tem como objetivo incentivar a pesquisa, produção, comercialização e uso energético do SAF. Estabelece ainda um mandato de redução de emissões para os operadores aéreos que se inicia com 1% em 2027 e vai até 10% em 2027.

A professora fez parte das discussões do Subcomitê ProBioQAV do Programa Combustível do Futuro no Ministério de Minas e Energia (MME) que ajudaram a formular as premissas desta política.




 

Fonte: SRI/UFG

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