UFG e Faculdade de Ciências da Saúde Albert Einstein assinam convênio
Acordo prevê iniciativas para pesquisas em assuntos relativos à área cirúrgica e anestesiologia
Texto e fotos: Ana Paula Vieira
A UFG, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), e a Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, por meio do seu Programa de Pós-Graduação, assinaram, na manhã desta sexta-feira (30/6), um convênio para o desenvolvimento de parcerias e pesquisas conjuntas na área de Medicina III, que envolve assuntos relativos à área cirúrgica e anestesiologia. A cerimônia que celebrou o acordo ocorreu no teatro da Faculdade de Medicina (FM) da UFG e contou com a presença dos reitores e de autoridades das duas Instituições.
A coordenadora do PPGCS, Melissa Avelino, explicou que a intenção do convênio é ampliar as áreas de pesquisa na pós-graduação stricto sensu na região para o fortalecimento de uma linha de pesquisa em Medicina 3, visto que o Centro-Oeste não tem programas nessa área. A parceria firmada permitirá a realização de atividades como disciplinas e publicações conjuntas, desenvolvimento de pesquisas e compartilhamento de estruturas para essas investigações.
O coordenador da pós-graduação da Faculdade do Einstein, Luciano Cesar Pontes Azevedo, comemorou a iniciativa e destacou que a missão é gerar conhecimento e “fazer o Brasil crescer ainda mais”. O diretor de Pesquisa da Instituição, Luiz Vicente Rizzo, salientou que “Trabalhar com a UFG é muito importante para a ciência, porque estamos fazendo parceria com quem faz isso melhor no Centro-Oeste”. Polyana Piza, representando o diretor-geral da unidade do Albert Einstein em Goiânia, Felipe Piza, também destacou a importância do convênio e disse que é um prazer celebrar a parceria com “uma universidade tão importante do ponto de vista produtivo”.
O diretor da Faculdade de Medicina da UFG, Waldemar Naves, afirmou que a FM se sente lisonjeada com o convênio e destacou a importância de o conhecimento produzido ultrapassar os muros da Universidade e chegar à população: “Esse é nosso dever”.
Oportunidades
Em seu discurso na cerimônia, o pró-reitor de Pós-Graduação da UFG, Felipe Terra Martins, enfatizou que não existe Programa de Pós-Graduação na área de Medicina III na região Centro-Oeste, e por isso o convênio pode ser o início de um novo curso. “Esse é o esteio. Criação de oportunidades, possibilidades de produções conjuntas não somente acadêmicas e intelectuais, mas também na troca de experiências”, disse o pró-reitor.
O reitor da Faculdade Israelita Albert Einstein, Nelson Volosker, falou sobre a história da Instituição, que iniciou primeiro como Hospital e depois criou a Faculdade. Ele salientou a importância da parceria envolver estudos multicêntricos e promover o contato entre grupos de pesquisa de diferentes áreas. “Temos uma série de oportunidades. A gente quer trabalhar com vocês em absolutamente todas as áreas”, projetou o gestor.
A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, também celebrou a parceria e frisou a potencialidade que ela traz, por ser interinstitucional e multidisciplinar. “Do ponto de vista da UFG, esta é uma parceria que tem uma perspectiva longínqua e de exitosos resultados. Sabemos que as próximas gerações de médicos, médicas e profissionais de saúde nas diferentes áreas receberão o resultado disso que acontece aqui hoje”, afirmou a reitora.
História
Após a assinatura do acordo e pronunciamento das autoridades, o professor aposentado da FM/UFG Celmo Porto fez uma fala sobre a criação do PPGCS, da qual ele participou, mas faz questão de dizer que “não é o fundador”. Ele reverenciou figuras importantes da época da estruturação do curso e ressaltou o seu caráter multidisciplinar, que já era previsto desde a sua concepção.
O professor Celmo lembrou que o projeto do curso encaminhado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) enfrentou dificuldades para a aprovação justamente pela multidisciplinaridade. Ele contou que o processo de criação do curso envolveu diferentes áreas da saúde e outras Faculdades, de forma que a proposta era que o curso não ficasse concentrado apenas na Medicina.
Após contar a história e relembrar memórias daquela época, o professor Celmo ainda deixou sugestões para o futuro. Segundo ele, se fosse participar da criação do curso hoje em dia, ele procuraria todas as unidades acadêmicas e não somente aquelas ligadas às ciências biológicas, para “levar a cada paciente tudo que as outras ciências podem oferecer”.
A programação do evento ainda incluiu palestras sobre pesquisa científica em cirurgia robótica; a questão da qualidade nas pesquisas; a escolha de periódicos para publicação e telemedicina.
Fonte: Reitoria Digital