
Projeto da UFG recebe honraria da Marinha
Mérito se deve a desenvolvimento de robô expedicionário em parceria com a instituição
Kharen Stecca
A Universidade Federal de Goiás recebeu no dia 13 de abril uma homenagem do 7º Distrito Naval da Marinha do Brasil. A cerimônia, alusiva ao Dia do Corpo de Engenheiros Navais da Marinha, concedeu a honraria aos responsáveis pelo acordo de cooperação com a Marinha do Brasil, por meio do Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CtecCFN). A parceria das duas instituições visa desenvolver um dispositivo robótico (ROV), guiado de forma remota e denominado Robô Expedicionário (RE). Para receber o diploma esteve presente na cerimônia a Reitora da Universidade Federal de Goiás, Angelita Pereira de Lima e o professor da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UFG, Sólon Bevilácqua.

O robô deve ser um equipamento pequeno de 20 cm e 5 kg, capaz de ser levado em uma mochila e com o objetivo de auxiliar na inspeção visual e sonora em locais de difícil acesso como favelas, locais de desabamentos ou com contaminação. Ele faz uma varredura do local por meio de imagens transmitidas remotamente. O projeto está sendo coordenado pelo professor da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UFG, Sólon Bevilacqua e tem a participação dos estudantes da Engenharia da Computação Joyce Cardoso de Araújo, Guilherme Galindo, Luis Fernando Ferreira, Vinicius Souza e o estudante de Engenharia Elétrica, Caio Pantaleão Simiema Cavalcante. Eles são os responsáveis pela produção do protótipo.

O uso do robô expedicionário pode ser variado como em expedições com perigos radiológicos ou de toxicidade para explosões potenciais. A pesquisa, que cria robôs teleoperados para exploração, pode gerar equipamentos para eliminação de munições explosivas (EOD) e para trabalhos de engenharia subaquática, telepresença, operações de resgate e negociação em sequestros. O projeto teve início em 2022 e deve ser entregue em 2024.
Oportunidade para os estudantes
Joyce Cardoso é uma das estudantes envolvidas no projeto do Robô Expedicionário. Ela conta que teve o contato com a oportunidade pela divulgação do processo seletivo: “Logo de cara me interessei muito pela ideia do projeto e, principalmente, pela parceria com a Marinha, que é uma organização militar que admiro muito. Os desafios são inúmeros, nunca tive contato com a robótica antes e um projeto de tamanha importância sempre nos deixa um senso de responsabilidade grandioso. Contudo, são exatamente esses aspectos do projeto que o torna valioso na minha formação, ter contato com uma equipe com experiência prévia e tamanho conhecimento tem sido uma oportunidade de valor imensurável no meu aprendizado, não só da robótica como também do trabalho em equipe e da divisão de responsabilidades”, conta a estudante. “A experiência é indescritível e é de suma importância para a minha formação, visto que esse projeto me fornece o amadurecimento constante das minhas softs e hard skills”, avalia.

Caio Pantaleão também é um dos membros da equipe. Ele ressaltou que a experiência tem sido muito boa, de muitos aprendizados e amadurecimento. “Preciso ir atrás, buscar informações que nunca tive conhecimento, então procuro me informar sempre”, conta ele. “Fiquei sabendo por meio de uma amiga da universidade sobre a seleção e a UFG sempre foi muito transparente em relação ao edital e tem apoiado muito essas iniciativas de pesquisa”, avalia.

Fonte: Secom UFG