Vigilantes da UFG participam de capacitação em direitos humanos
Curso oferecido pela SDH busca tornar o trabalho de segurança na UFG mais inclusivo e humanizado
Texto: Larissa Rocha
Fotos: Evelyn Parreira
Para dar continuidade à preparação da equipe de segurança para o início do próximo semestre letivo, a Secretaria de Promoção da Segurança e Direitos Humanos (SDH), realizou na segunda-feira e terça-feira (27/3 e 28/3), no auditório da Biblioteca Central do Câmpus Samambaia, mais uma etapa do curso de capacitação voltado aos vigilantes que realizam a segurança na Universidade Federal de Goiás. O debate que aconteceu das 13h às 15h em ambos os dias, teve como objetivo reforçar as marcas e visões da UFG com relação à segurança de cada pessoa que passa pelas dependências do câmpus, tendo como foco principal a discussão acerca do acolhimento, da humanização e da inclusão dos estudantes e da comunidade na instituição.
O evento contou com a presença da reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, do secretário Ricardo Barbosa de Lima e demais representantes da Secretaria de Promoção da Segurança e Direitos Humanos (SDH), do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior de Goiás Sint-Ifes-GO, da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), da Polícia Militar do Estado de Goiás e dos vigilantes da empresa Gestão de Segurança Integrada (GSI). Ao longo da formação, o trabalho da SDH em parceria com a equipe da GSI na Universidade foi muito elogiado e parabenizado pelos convidados. O professor Ricardo Barbosa afirmou que esse trabalho só está sendo possível porque ambos entendem que o patrimônio maior da UFG são as pessoas, e que elas são e devem ser prioridade.
“A gente retoma esse projeto continuado de formação, na preparação para abertura de mais um semestre letivo. No primeiro momento a gente teve uma formação mais técnica, mais centrada nos procedimentos operacionais e agora a gente vai ter uma fala um pouco mais aprofundada na discussão sobre o que vem a ser o nome aí da secretaria, Secretaria de Promoção da Segurança e Direitos Humanos, centrada nessa segunda parte que é a questão dos direitos humanos”, elucida o professor e secretário da SDH, Ricardo Barbosa.
Um ponto muito destacado no decorrer do debate foi a boa relação entre as duas áreas, segurança e direitos humanos na UFG. Segundo o professor Ricardo, “na concepção da Universidade essas coisas são gêmeas, nasceram juntas e não podem ficar separadas” e a equipe de segurança vem aprendendo e colocando isso em prática diariamente desde a volta do ensino presencial na Federal de Goiás. Já pensando o próximo período onde o funcionamento do câmpus estará a todo vapor, essa reunião deu ênfase para a humanização do trabalho da equipe de segurança para atuação frente aos diferentes públicos da UFG, em especial os estudantes e frequentadores quilombolas, indígenas, imigrantes, trans, travestis, pessoas com deficiência (PcDs) e surdos que circularão pelos pátios e corredores da Instituição.
A reitora afirmou que o trabalho realizado pelos vigilantes não é “trivial” e não é “simples”, cada pessoa que se encontra na UFG é um universo existente, e é desses universos que esta equipe deve cuidar e assegurar. E ressaltou a importância de ter mulheres trabalhando também na segurança da UFG, para que as abordagens sejam feitas da melhor forma possível, “sabemos das complexidades e das diferenças que é preciso ter nas abordagens com as mulheres, então as meninas que estão aqui, são sempre para nós um marco importante, é importante termos na vigilância as meninas”. O professor Ricardo coloca o atendimento feminino como muito importante e destaca “a maioria das pessoas que estão aqui são mulheres”.
Sobre as estratégias utilizadas pela SDH para tornar essas questões cada vez mais presentes nos trabalhos e nas abordagens que são feitas pelos seguranças, a reitora reforça: "para promover uma segurança humanizada é preciso que nós gostemos das pessoas e é preciso saber quais são os direitos e os limites das pessoas”. O professor Ricardo apresentou aos participantes do curso os grupos focais que devem ser prioridade no atendimento e acolhimento humanizado, e ressaltou “se a gente consegue atender o aluno quilombola, o aluno indígena ou qualquer um desses públicos com a qualidade de excelência que essa Universidade com esse tamanho, com essa qualidade, permite atender, qualquer outro aluno está muito bem atendido”. Segundo ele, são esses públicos que são os indicadores mais importantes.
“Essa é a nossa maior preocupação, se a gente conseguir atender bem esse aluno que teve historicamente mais dificuldade para chegar e tem mais mais dificuldade para ser aceito em qualquer outro lugar, se ele for bem acolhido, nós estamos garantindo, nós estamos fazendo a promoção da segurança e direitos humanos de toda a comunidade. Significa que a gente tá acolhendo com dignidade, segurança, qualidade e provendo a toda a comunidade da Universidade, essa cidade de 40 mil habitantes, a melhor educação pública do País”, evidencia o secretário.
A pró-reitora adjunta de Graduação, Heliny Carneiro Cunha Alves, ressaltou a importância desse trabalho da equipe de segurança da UFG para que as pessoas se sintam bem acolhidas e livres para realizar suas atividades no câmpus. “Para que o ensino possa acontecer, para que a gente possa ter a formação das pessoas na Universidade Federal de Goiás, nós precisamos dessa segurança, dessa sensação de estarmos bem para que o ensino possa acontecer e vocês são as peças chaves. Nós temos as necessidades humanas básicas, uma dessas necessidades humanas básicas dentro da pirâmide, lá embaixo, na base, lá está a segurança e proteção. Tem necessidade fisiológica, de comer, de dormir, mas dentro dessas necessidades, segurança e proteção, estão na base do ser humano para que ele possa atingir as outras necessidades”, afirma a pró-reitora.
O encontro foi marcado por temas importantes que dizem respeito tanto à segurança, quanto ao acolhimento e inclusão daqueles que estão ou pretendem estar e fazer parte da Universidade Federal de Goiás. A reitora afirma que o trabalho desta equipe não é fácil, mas que por conta da união e cumplicidade entre ambos ele vem sendo bem realizado. “É realmente um grande desafio, mas eu queria que ficasse aqui com mensagem da gestão superior, vocês ocupam um lugar estratégico, uma função estratégica, para que nós possamos cumprir bem a nossa tarefa, nós precisamos de vocês e nós precisamos que vocês entendam e estejam preparados para o que é a missão desta Universidade e entender que esse é um lugar em que nós vivemos as nossas vidas. Então cuidar bem dele é um trabalho de uma grandeza imensurável”.
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Quelle: Secom UFG