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Estudo da UFG aborda desafios da mulher empreendedora

En 07/03/23 10:23 .

O 3º Perfil da Empreendedora Goiana é fruto de pesquisas realizadas pela Face e o Sebrae

Texto: Caroline Pires

Fotos: Sebrae Goiás

A discrepância na renda média entre homens e mulheres está presente também entre empreendedores. Essa foi umas das constatações do 3o Perfil da Empreendedora Goiana, lançado hoje, 7/3, pelo Laboratório de Pesquisa em Empreendedorismo e Inovação (Lapei/FACE) e o Sebrae Goiás. Segundo o estudo, as mulheres empreendedoras de Goiás têm em média 41 anos e grau de escolaridade de curso superior completo, ganhando como renda mensal 2.300 reais, valor bem menor da média de 3 mil reais recebida pelo homens empreendedores. O objetivo é que o documento aponte os caminhos para que a empreendedorismo cresça ainda mais entre as mulheres e dê os subsídios necessários para que barreiras sejam rompidas nesse campo.

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"Identificamos claramente o desafio que é a maternidade para que as mulheres possam empreender", afirmou a pesquisadora Daiane Martins

 

O coordenador do Lapei, Cândido Borges, explica que a participação da UFG no estudo surgiu de uma demanda do Sebrae, de 2019, por pesquisas na área para subsidiar melhor as ações. "Desde então, anualmente o Lapei desenvolve estudos, sob diferentes aspectos sobre essa temática. Atuamos como um observatório dessa área em Goiás", explicou. Já Daniel Pagotto, professor da Face e colaborador do Lapei, destaca que a pesquisa contou também com participação de estudantes de outras unidades acadêmicas, como dos cursos de Ciências Sociais e Estatística. 

Destacando que a UFG tem como sua marca a parceria com diversas instituições, para atuar cada vez mais com a sociedade, a reitora Angelita Pereira de Lima considera que a pesquisa funciona "como um observatório para apontar não só números, mas políticas públicas para elas", afirmou. Segundo ela, nesse processo é possível adentrar em discussões como, por exemplo, a maternidade e a forma como ela impacta na vida profissional. "Se os dados já são positivos, tenho certeza que precisamos avançar. Destaco aqui que o 8 de março não é data para comemorar, mas para demarcar a nossa necessidade de fortalecimento e luta", concluiu. 

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"Se ter curso superior é um diferencial para que as mulheres sejam não só empreendedoras, mas também empregadoras, é papel da UFG atuar nesse processo", defendeu a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima

Marcelo Lessa, diretor técnico do Sebrae, destacou que a instituição tem um papel muito importante no que se refere à valorização do papel da mulher, especial o empreendedorismo feminino. "O estudo é um momento de reflexão para alavancar o trabalho nas mulheres nessa área. Na década de 80, haviam apenas 20% das mulheres a frente de negócios, hoje são 42%. Apesar do aumento ainda temos muito a avançar", destacou. 

Maternidade e empreendedorismo

Destacando que a maioria das empreendedoras goianas atuam de forma individual, Daiane Martins, pesquisadora do Lapei, afirmou que 51% das empreendedoras que empregam possuem nível superior, contudo, apenas 32% as que atuam por conta própria possuem nível superior. Geralmente essas mulheres são as principais responsáveis pela renda da família e 36% delas trabalham em parte dentro da residência e parte fora. Outro dado apontado pelo estudo é que 78% delas começaram a empreender depois da maternidade. 

Poliana Teixeira, analista de gestão estratégica do Sebrae Goiás, apresentou especialmente os dados relativos às mulheres que são mães. "Percebemos que em geral as mulheres decidem empreender justamente quando a maternidade chega e elas tentam articular obtenção de renda e negócios", afirmou.

Confira o estudo completo. 

 

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Marcelo Lessa, diretor do Sebrae, destacou o papel e a parceria da UFG na produção do documento

 

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Plateia foi composta especialmente por mulheres empreendedoras de Goiás. As atividades seguem até amanhã, 8/3, com palestras e oficinas

Fuente: Secom UFG

Categorías: Notícias Noticias FACE/UFG