UFG e Prefeitura dão 1º passo para Plano Diretor de Drenagem Urbana

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: Jucimar de Sousa (Secom/Prefeitura de Goiânia)

A Universidade Federal de Goiás (UFG) vai fazer parte dos esforços para a melhoria da drenagem urbana no município de Goiânia. À convite da Prefeitura Municipal de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra Goiânia), a Instituição assinou na segunda-feira (27/2) um protocolo de intenções para a criação de um convênio que prevê a elaboração de propostas para o Plano Diretor de Drenagem Urbana do Município de Goiânia. Na Universidade, o convênio, que está em processo de construção, vai ser gerido administrativamente e financeiramente pela Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).

O Plano Diretor de Drenagem Urbana vigente em Goiânia é de 2005 e atinge apenas 60% da área urbana da capital. A partir do protocolo de intenções vão ser criadas as condições para que pesquisadores da Universidade utilizem do conhecimento técnico e científico voltados para o planejamento urbano e subsidiem a elaboração da nova política pública de drenagem urbana de Goiânia.

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, destaca a importância da iniciativa, afirmando que uma política pública não é implementada de uma vez, mas realizada no curto, médio e longo prazos. “Estamos agora no curto prazo criando as condições para formalizar um convênio efetivo com a Prefeitura de Goiânia nesta perspectiva. Esperamos que a política pública venha a atender de fato a essas demandas mais urgentes e que a longo prazo Goiânia seja uma referência em drenagem urbana para o País”, afirma.

Cheias e inundações

A coordenação do projeto na UFG ficará a cargo do professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA UFG), Klebber Formiga. Ele conta que 13 professores e 35 bolsistas estarão envolvidos diretamente no projeto. “Vamos fazer um levantamento de toda a área urbana de Goiânia, principalmente dos nossos córregos, abrangendo mais de 400 quilômetros de córregos da nossa cidade com levantamento topográfico, de fotogrametria, utilizando laser scanning [em 3D]. Tudo isso para entender o processo de geração de cheias e inundações que temos aqui em Goiânia”, enumera.

Segundo Klebber, todo o projeto tem previsão de 24 meses. O levantamento inicial deve durar de 12 a 13 meses e a partir daí serão elaborados documentos de diagnósticos, prognósticos, planos de ações e manuais que fazem parte do plano. 

Uma das preocupações da gestão municipal, segundo o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, é proporcionar a melhoria da qualidade de vida da população pela gestão responsável do meio ambiente, do verde e também pela drenagem urbana. “Quando o projeto for entregue, já vai ser executado. Não podemos perder tempo. Queremos executá-lo com a maior rapidez possível”, enfatiza o prefeito.