Rádio Universitária faz 60 anos homenageando ex-diretores e colaboradores

Texto: Versanna Carvalho

Fotos: Carlos Siqueira

Na reta final das celebrações pelos 62 anos da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi realizado um café da manhã na sede da Rádio Universitária (RU) UFG, na Alameda das Rosas, Setor Oeste, Goiânia. É que além do aniversário da Universidade também foram comemorados os 60 anos de fundação da emissora. O encontro ocorreu na sexta-feira (16/12) quando foi inaugurada uma placa em homenagem ao ex-diretor da Rádio Universitária, Wilmar Alves - falecido em 2006. A placa está na entrada do auditório da Rádio Universitária que passa a ser o nomeado Auditório Wilmar Alves. Durante a solenidade foi feito o reconhecimento à contribuição dada pelos colaboradores já aposentados da Rádio Universitária com o Certificado Ivo Pinto de Melo, o primeiro diretor da emissora, falecido em 2008. Clique aqui para ver as fotos do evento.

 

 

Embora a data oficial de celebração do aniversário da rádio seja 25 de setembro, a comemoração oficial foi transferida para dezembro para fazer parte da programação oficial pelos 62 anos da UFG. A alteração foi feita a pedido da reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima. A reitora argumenta que o sonho do primeiro reitor da UFG, Colemar Natal e Silva, era ter uma Universidade arrojada e, sobretudo, que a ciência e a educação estivessem comprometidas com o desenvolvimento local e justiça social. "Esse sonho [de fazer a UFG ser grande], que nasce junto com a comunicação, porque um visionário, como o professor Colemar [na década de 1960] e o professor Edward [Madureira, que foi reitor da UFG por três vezes], entendem que quando se tem um projeto arrojado comunicação e informação têm que estar à frente, puxando esse projeto". 

A diretora da RU, Márcia Boaratti, relembrou a atuação da rádio durante seis décadas e que em diversos momentos se posicionou com resistência e rebeldia. Agora, a emissora está se preparando para dar um novo passo, com o qual tem sonhado há muitos anos, que é o de passar da frequência AM para a FM. "Estamos fazendo um trabalho de planejamento que envolve a Reitoria, a Secom [Secretaria de Comunicação] e a FIC [Faculdade de Informação e Comunicação]", conta. 

Márcia explica que a finalidade do planejamento é aprimorar a programação da RU. "Muitos me perguntam se vamos mudar tudo e a resposta é não. Não vamos mudar tudo. Vamos renovar, agilizar, modernizar, mas a proposta é fazer tudo isso sem perder as raízes e a identidade da Rádio Universitária", salienta a diretora.

 

 

Outra novidade apresentada pela gestora da estação é que a RU tornou-se afiliada à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e que em breve começarão a compartilhar conteúdos, transmitindo e recebendo, mais a assistência técnica.

Reforma

O vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas Carvalho, anunciou que o recém renomeado Auditório Wilmar Alves vai passar por uma reforma a partir de 2023. Ele contou que o recurso virá por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural (RTVE), que possui a concessão da TV UFG.

Logo que foi criada, há 26 anos, a RTVE funcionou dentro da sede da Rádio Universitária. "O próximo evento que tiver no auditório ano que vem já será com o espaço parcialmente reformado", conta. 

Na avaliação de Jesiel, o ano de 1962 foi "miraculoso" pois marca a criação da Rádio Universitária, da imprensa universitária, do jornal 4º Poder e do Centro de Estudos Brasileiros dentre outras realizações estruturantes da Universidade. "Sessenta anos depois estamos entre as 10% maiores universidades do mundo. Temos muito o que comemorar, mas temos também muito o que fazer para honrar a história da rádio, os pioneiros e deixar um legado relevante para as gerações futuras", afirma.

Comunicação estruturada

Hoje a Universidade conta com a Rádio Universitária, a TV UFG, a Reitoria Digital e a Secretaria de Comunicação (Secom), responsável pelo relacionamento da UFG com a imprensa, Portal UFG, redes sociais oficiais mais o Jornal UFG e o Projeto Visibilidade (ambos com maior ênfase na divulgação científica), publicidade institucional e relações públicas (eventos, cerimoniais, colações de grau).

"Estamos de forma muito bacana articulando a Rádio Universitária e a TV de forma integrada. A Secom tem cumprido esse papel de forma brilhante. Ainda incluo o Cegraf [Centro Editorial e Gráfico], a Editora UFG, o Media Lab [Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Mídias Interativas] e o LabTime [Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais]", avalia a reitora.

 

O secretário de Comunicação da UFG, Salvio Farias, destacou que "é graças à comunicação que conseguimos fazer com que toda a nossa produção, toda a ciência, pesquisas e ações de extensão saiam dos muros da Universidade e sejam apresentadas e devolvidas à sociedade".

Sobre as mudanças pelas quais a Rádio Universitária vai passar quando se tornar FM, Salvio afirma que provavelmente vai continuar mantendo o que Roquette Pinto pensou há 100 anos quando foi inaugurada a primeira transmissão de rádio no Brasil em comemoração ao centenário da independência. "Um modelo mais próximo do educativo como ocorre com a BBC [British Broadcasting Corporation] da Grã-Bretanha. A Rádio Universitária é a rádio mais próxima desse modelo com programação de altíssima qualidade, educação, informação e cultura".

Ouça aqui

A Rádio Universitária preparou uma reportagem sobre o tema. Para ouvi-la, clique abaixo.

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