Projeto Vivendo Ciências do IPTSP recebe estudantes do Guanabara
Cento e trinta adolescentes conheceram laboratórios e puderam ver como se faz pesquisa
Texto e foto: Marina Sousa
Vivendo Ciências é um projeto de integração entre o ensino da Pós-Graduação com estudantes do Ensino Médio de escolas públicas. A iniciativa é coordenada pelo professor do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Milton Adriano Pelli de Oliveira, que conta que um dos objetivos do projeto é despertar o interesse dos jovens estudantes para pesquisa na área de Ciências Biológicas III. E foi com esta finalidade que o IPTSP recebeu nos dias, 2,5,6,12 e 16 de setembro estudantes do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) - unidade Jardim Guanabara, localizado em Goiânia, para que os estudantes pudessem conhecer os laboratórios de Imunologia, Microbiologia, Parasitologia, Micologia e da Biotecnologia do Instituto - oportunidade que proporcionou vivências e experimentações por parte dos estudantes com as rotinas dos laboratórios.
Cerca de 130 estudantes participaram das visitas ao instituto e foram acompanhados pelos professores e discentes do Programa de Pós-Graduação em Biologia da Relação Parasito Hospedeiro (PPGBRPH), pois este projeto de extensão é uma disciplina do programa. A equipe do Vivendo Ciências é composta pelos professores, Thiago Rocha, Fabíola Souza Fiaccadori; Éverton Kort Kamp Fernandes, Carla Afonso da Silva, Jadson Bezerra, Helioswilton Sales, Marcelle Figueira da Silva Sales e Ludmila Baltazar.
Essas visitas proporcionaram aos estudantes conhecerem um pouco de cada área, como no Laboratório de Biotecnologia Ambiental e Ecotoxicologia (LaBAE), que um dos estudos envolve o Zebrafish como modelo experimental na pesquisa em biotecnologia aplicada à saúde humana e ambiental, o Laboratório de Patologia de Invertebrados (LPI) onde são desenvolvidos estudos sobre o controle de carrapatos em bovinos, e outro espaço visitado por eles foi o Laboratório de Micologia (LabMicol) em que puderam aprender um pouco sobre a identificação de fungos para leveduras, análise micromorfológica e ainda puderam realizar a coleta de fungos para poderem visualizar no microscópio - instante de grande euforia para os estudantes, como conta Ana Beatriz, estudante do segundo ano que fez os experimentos. “É muito legal isso tudo, ver pelo microscópio esses fungos é sensacional, é um mundo à parte né?”.
A associação destas Escolas com Programas de Pós-Graduação facilita a compreensão do método científico pelos estudantes do ensino médio e qualifica os estudantes da Pós-Graduação para a atividade de orientação acadêmica. De acordo com o professor Milton Adriano, os estudantes após essas visitas vão elaborar um projeto de pesquisa conforme a área escolhida e terá o acompanhamento de discentes do PPGBRPH para que sejam apresentados no formato de Pôster na Mostra Científica do CEPMG que ocorrerá no final deste mês, dia 27 de outubro.
Integração
Uma das coordenadoras pedagógicas do CEPMG, Kelly Cristine Constantino, que participa desta ação, conta que essa experiência dos estudantes é fundamental para o desenvolvimento de novas práticas, assim como o despertar do interesse para a carreira das ciências. “Essa integração foi muito importante porque os estudantes puderam também vislumbrar o ingresso em uma universidade pública como a UFG. Pois muitos estudantes acabam focando só nas faculdades privadas, então essas visitas possibilitaram novos horizontes. Além do que eles se sentiram super valorizados pelo fato do ônibus da UFG terem vindo ao colégio para buscá-los e levá-los ao IPTSP, eles acharam muito chique”, relata Kelly Cristine. Uma equipe de professores do CEPMG também participaram desta ação, são eles: Mara Cristiane A. Lucindo; Daniel; Heloisa Candido de Sousa; Mateus Martins; Helena Nunes; Sebastião Destefano; Paulo Assis; Clécio Filho; Dhanyella Bispo; Genivaldo Santos e Elson Ribeiro, além do 2° tenente Ferreira. O doutorando do PPGBRPH, Diogo Maciel, conta que ter acompanhado os estudantes foi uma experiência muito enriquecedora por conta da curiosidade dos estudantes enquanto conheciam os laboratórios. “ Eu também sou professor na rede pública de ensino, e a gente sabe que as escolas não têm recursos e nem material como microscópio para que os alunos possam usar, então proporcionar essa experiência para eles é muito importante, e também do ponto de vista do meu doutorado também é muito bacana. Ver o deslumbre deles com tudo o que a universidade pode oferecer é muito gratificante”, finaliza Diogo Maciel.
A primeira parte da agenda do projeto pode ser conferida a seguir:
Estudantes do ensino médio do CEMPG participam do “Vivendo Ciências”
Ademais, o Projeto Vivendo Ciências tem uma identidade de comunicação própria que foi desenvolvida pela Comissão de Comunicação do IPTSP que englobasse o universo do ensino médio com a pós-graduação.
Confira as fotos da visita dos estudantes ao IPTSP
Quelle: Comissão de Comunicação IPTSP