Oftalmologia da UFG é a nona melhor do Brasil, segundo EduRank

Texto: Versanna Carvalho

Foto: Arquivo Secom UFG

A área de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/UFG) se destacou no ranking internacional de universidades EduRank. Segundo o levantamento, a Oftalmologia é a 9ª melhor do Brasil. No quesito América Latina também ficou bem posicionada, no 12º lugar e no âmbito mundial, obteve a 485ª posição. No ranking geral, a UFG é a 22ª melhor universidade do Brasil dentre 198; a 40ª da América Latina de um total de 1.756; e a 958ª no mundo entre 14.131.

De acordo com a página do ranking na internet, o EduRank é um levantamento independente baseado em métricas de 14.131 universidades de 183 países. Para isto foi utilizado um banco de dados com um índice de 44.909.300 publicações científicas, que receberam 1.267.541.960 citações para classificar as universidades em 246 tópicos de pesquisa. Ainda segundo o site, foi adicionado ao ranking geral indicadores de destaque não acadêmico e popularidade de ex-alunos.

O professor e pesquisador do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM UFG) e diretor do Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) da UFG, Marcos Ávila, conta que apesar de saber que a área havia avançado muito, o resultado o surpreendeu. "Nem imaginávamos que estaríamos tão bem classificados". 

Orgulho

O médico destaca que a colocação no EduRank "é motivo de muito orgulho e comemoração". Marcos Ávila conta que o serviço de residência e os cursos de pós-residência, chamados de fellowship, são muito recentes no serviço de oftalmologia da UFG. "Somos um serviço jovem em termos de Brasil. Começamos essa atividade no ensino e assistência aos pacientes do SUS [Sistema Único de Saúde] em 1997, ou seja, há somente 25 anos e lembrando que, a parcela significativa dos serviços de oftalmologia associados às universidades ou não e que atendem o SUS, a maioria foi fundado há mais de meio século", afirma. 

"Nós estamos com um quarto de século e já conseguimos uma expressiva classificação dentre os serviços nacionais. Lembro ainda que o Cerof, que é o hospital de olhos da UFG, foi inaugurado há somente 22 anos, quando nós passamos a ter um destaque não só no ensino como na pesquisa e na assistência entre os serviços de oftalmologia das universidades do Brasil", reforça.

Na avaliação do diretor do Cerof, "o ranking reflete não só o ensino como uma base universitária, como também traz junto uma demonstração do atendimento aos mais de 2 milhões de pacientes que nós já registramos desde a nossa fundação [Cerof]". Ele conta ainda que o ranking faz uma avaliação de várias especialidades e que algumas das especialidades médicas da UFG também estão bem conceituadas, entre os 20 primeiros ou 30 primeiros do Brasil. "Esse conjunto de forças da Faculdade de Medicina da UFG, junto com o Hospital das Clínicas da UFG é que vai fazer com que nós possamos cada vez mais ter destaque na medicina brasileira", acredita.

Referência

O bom desempenho da área de Oftalmologia da FM UFG no EduRank, traz à tona o fato de que Goiânia é referência nacional em oftalmologia de ponta. "É um conceito impregnado hoje em todo o País pela qualidade dos serviços que aqui existem e são prestados no nosso estado. O nosso serviço de residência da Universidade Federal de Goiás tem contribuído muito para que isso seja uma verdade", observa.

O médico lembra que a UFG já obteve o primeiro lugar na prova nacional de oftalmologia que é realizada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e que em Goiânia já foram realizados dois grandes congressos brasileiros e outros vários simpósios internacionais. 

"A UFG tem participado ativamente desses eventos e dessas conquistas já que na maioria dos simpósios os presidentes são ligados a Instituição e, em especial, os dois grandes congressos brasileiros de oftalmologia realizados em Goiânia foram presididos por professores oftalmologistas do serviço de oftalmologia da Faculdade de Medicina, também relacionados ao Cerof, e que sem dúvida transmitem essa importância da UFG para o resto do País", afirma.

Meta

A expectativa é melhorar ainda mais esses indicadores e colocar a UFG entre os cinco serviços de oftalmologia mais relevantes do País nos próximos cinco anos. "É uma meta ousada, mas que está lançada entre os membros do serviço de oftalmologia da UFG e estamos entusiasmados e motivados para trabalhar duro para que isso possa efetivamente acontecer", declara Marcos Ávila.

Muito trabalho está sendo feito para criar condições de se chegar ao objetivo planejado. Uma delas é a expansão do Cerof, que prevê o aumento da área física que hoje tem 3.330 metros quadrados e a remodelação de toda a estrutura interna para um atendimento mais ágil, efetivo e com novo modelo de atendimento aos pacientes que chegam e que têm doenças graves. 

Impacto internacional

A área de Oftalmologia tem atuado para ampliar a base de pesquisa, devido a quantidade de dissertações de mestrado e teses de doutorado que são defendidas no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFG, de professores ligados à Oftalmologia. "Essas publicações decorrentes desses trabalhos de pesquisa a cada dia tomam relevância como recentemente o trabalho realizado aqui na UFG a respeito de células tronco que foi publicado em um jornal de grande impacto internacional [Journal of Cellular and Molecular Medicine] e que teve uma grande repercussão, pois células tronco são uma das vertentes para a cura de doenças que hoje não têm cura. Esse trabalho de pesquisa foi realizado em parceria com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos", conta Marcos Ávila. 

O pesquisador afirma que o aumento de área e remodelação da área física do Cerof, mais o incremento da pesquisa, vem junto com a expansão do ensino e da assistência para os pacientes do SUS no Cerof. "Esperamos que a partir de 2023, ou no mais tardar em 2024, aumentemos para cerca de 20 mil [o número de] pacientes atendidos mensalmente. A meta planejada está traçada por toda a equipe de professores, médicos, assistentes, pelos nossos colaboradores, os nossos residentes, enfim, toda essa gama enorme de pessoas que correspondem a uma Instituição que é muito relevante e queremos nos tornar ainda mais relevante", finaliza Marcos Ávila.

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