Estudantes indígenas fazem manifestação no prédio da Reitoria da UFG

Texto: Versanna Carvalho

Foto: Anne Vilela

Representantes dos cerca de 30 povos indígenas que estudam no Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena (NTFSI), no curso de licenciatura em Educação Intercultural em Ciências da Cultura, Ciências da Linguagem e Ciências da Natureza, estiveram na Reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG) para entregar uma carta com reivindicações de melhorias para a permanência dos estudantes indígenas na Instituição. A manifestação foi realizada um dia depois do Dia Internacional dos Povos Indígenas (9/8) e quase uma semana depois da solenidade de colação de grau de 54 estudantes do núcleo.

O estudante e um dos membros do Conselho Indígena do Núcleo Takinahaky, Indiarrury Kraho, falou sobre a pauta da carta que foi entregue à reitora. Entre as solicitações está a autonomia do curso de licenciatura, que atualmente está vinculado à Faculdade de Letras (FL); a construção de uma Casa do Estudante Universitário (CEU) para os discentes indígenas; que o funcionamento do Restaurante Universitário (RU) ocorra em todos os dias da semana; aumento na quantidade de servidores docentes e técnicos-administrativos no núcleo; bolsa canguru para as mães indígenas e alterações nas cerimônias de colação de grau. 

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, agradeceu a presença dos estudantes e o fato de terem escolhido a UFG como universidade. “Quando a presença de vocês torna a nossa casa UFG uma das mais inclusivas desse País. É porque vocês estão aqui e vocês reivindicam, lutam e não se calam que a UFG é reconhecida como uma universidade inclusiva. Quando vocês defendem o direito de vocês, estão defendendo também a UFG, que acaba ficando melhor”.

Angelita se colocou à disposição da coordenação do núcleo para discutir todos os itens da reivindicação e ver o que pode ser atendido imediatamente e o que não pode. “Esperamos que em breve tenhamos mais condições de atender as demandas de vocês e as demandas de defesa do ensino público superior, gratuito, laico e com respeito às diferenças, à diversidade e aos povos tradicionais”, conclui.  

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