Secretaria de Inclusão realiza o evento “Julho das Pretas”
Ação faz parte das comemorações do Dia da Mulher Negra, Afro-Latino-Americana e Caribenha
Texto: Eduardo Borges
Fotos: Carlos Siqueira, Eduarda Leite e Letícia Fiuza
Lutar contra todas as formas de preconceito e zelar pela manutenção da cultura e identidade negra feminina são bases fundamentais para o combate à invisibilidade social desta parcela da população. Este é o princípio-guia das ações do Dia da Mulher Negra, Afro-Latino-Americana e Caribenha, comemorado anualmente em 25 de julho. Para celebrar a data, a Secretaria de Inclusão da Universidade Federal de Goiás (SIN/UFG), realizou a ação “Julho das Pretas”, que contou com performances culturais, oficinas e uma feira livre. O encontro ocorreu no Centro de Convivência, localizado no Câmpus Samambaia.
A titular da SIN, Luciana de Oliveira Dias, fez o discurso de abertura do evento, ressaltando a importância da comemoração para a comunidade negra, sobretudo feminina. “Estamos em uma data histórica que permite reverenciar, parar e reconhecer a luta de pessoas que estão na base da discriminação. As mulheres negras, afro-latino-americanas e caribenhas sofrem violência porque vivem em uma sociedade patriarcal, racista, machista e misógina. Elas são múltiplas vezes discriminadas por serem mulheres, negras e pobres. Para a SIN, é absolutamente necessário esse momento de parar para provocar reflexões urgentes sobre esse quadro. Viva o Julho das Pretas!”, afirma Luciana Dias.
A origem da data remonta ao ano de 1992, quando um grupo de mulheres se reuniu na cidade de Santo Domingo, capital da República Dominicana, para estreitar laços e debater formas de combate ao racismo e ao machismo. No mesmo ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) a oficializou no calendário internacional. “Dia de luta não é para parabenizar, mas sim para comemorar. Na década de 1990, foi criado o Fórum Goiano de Mulheres e a Soninha [Sônia Cleide], foi a primeira mulher negra no país que enfrentou o sistema e defendeu que as negras queriam integrar e enegrecer o movimento feminista. Portanto, Goiás liderou essa importante ação. Ao longo das décadas, tivemos conquistas, mas ainda há muito o que fazer”, reforça a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima.
Source: Secom/UFG