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Grupo de pesquisa da UFG publica dossiê sobre violência de gênero

Em 04/07/22 10:33.

Proposta, que tratou o tema foi de maneira interdisciplinar, foi realizada em parceria com revista da UFAM

Texto: Letícia Fiuza

Com abordagens jornalísticas, políticas, históricas, sociais, raciais e sociodemográficas, o grupo de pesquisa Benedita Tatu lança o dossiê intitulado “Histórias das Violências de Gênero Contra as Mulheres”. O lançamento ocorreu em transmissão online, na sexta-feira, 2/7, às 19h, no canal Revista História UFAM com mediação de Christiane Andrade. O dossiê é uma parceria com a revista discente Manduarisawa, uma publicação eletrônica semestral do curso de história da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que além de fazer divulgação científica, também propõe dossiês temáticos que são escolhidos conforme a relevância do tema. Em seu quinto volume, o tema violência contra mulher busca contribuições que relacionem história, democracia, justiça, sociedade e comunicação. Os organizadores do dossiê, a reitora da Universidade Federal de Goiás, Angelita Pereira de Lima, Ana Paula de Castro Neves e Luciano Rodrigues Castro, que participam do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (PPGIDH - UFG), e a colaboradora Carmem Lúcia Costa, membro do grupo de estudos e pesquisas Dialogus, falaram sobre a importância do tema em 2022 e qual a contribuição do debate sobre violência de gênero para a sociedade.

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Os presentes desenvolveram o tema e responderam perguntas sobre o dossiê ao final da live

 

Ao todo, o dossiê possui 16 trabalhos com análises que vão da influência da violência de gênero na confecção de notícias até os mecanismos de perpetuação empregados no código penal brasileiro. Pesquisadora do tema desde 1998, Angelita Pereira de Lima destacou em sua fala a pluralidade dos trabalhos submetidos. “Tivemos participações de vários lugares do país, e para nós essa ramificação do debate nos fortalece, fortalece as nossas pesquisas e fortalece também os processos de elaboração de políticas públicas”, afirmou sobre as contribuições.

Em seguida, a professora Carmem Lúcia (UFG) abordou a diversificação das violências contra as mulheres que se manifestam na forma do discurso de ódio e de misoginia que vem se avolumando contra elas, no agravamento da vulnerabilidade social e econômica das mulheres no Brasil que sofrem com o desemprego. O grupo principalmente afetado são mulheres da periferia, na violência do Estado que assassina seus filhos, pais e maridos e por último nos cortes consideráveis feitos nas políticas públicas que dizem respeito a atenção à mulher.

Em decorrência disso, o acesso das mulheres à universidade e a formação de pesquisadoras na academia foram levantados como conquistas primordiais para os avanços no combate a violência e na emancipação feminina, que culmina na transformação social, mas que passa pela articulação teórica e pelas discussões como as fomentadas pelo grupo Benedita Tatu.

Na finalização do evento, Carmen Lúcia apontou a relação entre o desenvolvimento de trabalhos com essa temática e a emergência de lutas e a conquista de direitos femininos por todo o mundo. “Quando uma mulher luta, ela luta por toda a sociedade e isso é muito potente. E nós temos observado isso em toda a América Latina, até mesmo porque é a estratégia de sobrevivência que nos é possível neste momento enquanto classe, gênero e raça”, afirmou em sua conclusão.

O documento está hospedado no site da Revista Manduarisawa e pode ser acessado pelo link.

Fonte: Secom/UFG

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