Comissão da UFG debate sobre intolerâncias e assédio na Universidade
UFG realiza live para falar sobre o combate ao assédio, violência e preconceito na academia
Texto: Nicolly Nathalia*
Foto: Reprodução/YouTube UFG Oficial
A Universidade Federal de Goiás (UFG) promoveu, quarta-feira (18/6), a live “Assédio, violência e preconceito: aqui não!” organizada pela comissão responsável por acompanhar a aplicação da Resolução do Consuni UFG n° 12/2017 no âmbito universitário. Entre as informações disponibilizadas, o encontro apresentou o passo a passo de como denunciar assédios e preconceitos que venham a ocorrer no espaço acadêmico e ressaltou a importância da vítima não se calar diante das violências.
A comissão é formada por Vanessa Cunha Martins Borgens (Ouvidoria da UFG), Maria Meire de Carvalho Ferreira (Câmpus Goiás), Ana Cristina de Andrade Kratz (Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás - Adufg) , Michely Coutinho Oliveira de Andrade (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás - Sintifesgo), Adriana Oliveira de Santana (Coordenação de Processos Administrativos - CDPA/UFG), Sarah Cavalcante Motta (Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Goiás - DCE/UFG) e pela vice-reitora Sandramara Matias Chaves. O papel da comissão, segundo Sandramara, é o de fazer o acompanhamento de cada caso, desenvolver atividades educativas, realizar formatos e atividades acadêmicas sobre a resolução.
A resolução Consuni n° 12/2017 fala sobre as normas e os procedimentos que devem ser adotados pela instituição em caso de assédio moral, assédio sexual e qualquer forma de preconceito. O documento também apresenta os procedimentos a seguir caso alguém sofra algum tipo de assédio ou preconceito, além de mostrar como formalizar uma denúncia.
Nesse sentido, Vanessa Cunha apresentou aos estudantes o que fazer e como fazer uma denúncia e afirmou que a ouvidoria é o lugar para dar o primeiro passo e explicou a importância de se fazer a denúncia de forma objetiva e segura. A representante da Ouvidoria da UFG encorajou as pessoas que passaram por alguma violência, assédio ou preconceito a procurarem ajuda de alguém confiável, que possa contribuir para que não se perpetue esse comportamento.
Segundo a resolução, assédio moral é a prática abusiva, explícita ou velada, que se manifesta por meio de gestos, palavras e atos e que desrespeita, de forma sistemática e frequente, a integridade física e/ou psicológica de uma pessoa ou grupo, na relação entre membros da comunidade universitária. Para a professora Maria Meire de Carvalho é preciso combater a intolerância e o desrespeito de frente e refletir sobre os nossos hábitos e comportamentos dentro e fora do ambiente acadêmico.
A representante do sindicato dos docentes, a professora aposentada da UFG, Ana Cristina Kratz, destacou a importância da comissão no suporte aos integrantes mais vulneráveis da comunidade acadêmica. “Essa comissão é fundamental na Universidade, principalmente em relação aos grupos mais vulneráveis, que são justamente aqueles que mais sofrem com assédio, violência e com todos os tipos de preconceito”, disse. Ana Cristina também fez referência à importância da atuação sindical como um instrumento e uma potente organização de luta dos trabalhadores para garantir direitos e dignidade.
Michely Coutinho, representante do Sintifesgo, complementou dizendo que o sindicato é um ponto de apoio e que a Universidade vem melhorando a cada dia os mecanismos de combate à discriminação, ao preconceito e ao assédio, mesmo dentro do ambiente acadêmico. Sarah Cavalcante, por sua vez, destacou que o papel do DCE na comissão é o de gerar acolhimento e empoderamento ao ter um olhar voltado para os estudantes e conscientizar promovendo eventos e apoio.
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*Nicolly Nathalia é estagiária de Jornalismo sob supervisão de Carolina Melo e orientação de Silvana Coleta
Source: Secom UFG
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