Depois de um ano, UFG se mantém ativa no combate à pandemia
Universidade Federal de Goiás tem realizado uma série de ações e pesquisas para enfrentar a maior crise sanitária da história
O Estado de Goiás encerra simbolicamente o primeiro ano da pandemia de covid-19 no último sábado (13/3), quando completou-se um ano da publicação do decreto nº 9.633/2020, que proclamava situação de emergência na saúde pública em razão da disseminação do novo coronavírus. A Universidade Federal de Goiás (UFG) suspendeu aulas e atividades presenciais na instituição a partir de 16 de março de 2020. Passado um ano, a data não marca o encerramento de um ciclo, mas o agravamento de uma situação que já era potencialmente complexa no contexto da saúde pública, social e econômica. Agora o Estado já contabiliza 9.722 mortes, de acordo com dados oficiais de 15 de março último, e todo o País lamenta a perda de 279.286 vidas.
No ano 2 da pandemia da covid-19, setores da sociedade ainda lutam para conseguir que políticas públicas básicas, porém relevantes e ancoradas na ciência, sejam implementadas para proteger a população. Desde o uso de máscaras e o distanciamento social até o aumento da oferta de vacinas para a população. Além do aumento da oferta de leitos em geral, respiradores e do tratamento adequado ao paciente que já está hospitalizado para evitar que venham a óbito.
Desde o primeiro momento, a Universidade Federal de Goiás (UFG) se colocou ao lado da sociedade, realizou e vem realizando uma série de ações com o objetivo de colaborar com o enfrentamento nacional da pandemia no Brasil. Diversos órgãos e unidades acadêmicas da UFG, assim como toda a comunidade acadêmica, têm contribuído para com ações de prevenção, controle e apoio às autoridades de saúde para o combate ao novo coronavírus.
Vale lembrar que ainda no início dos casos no Brasil, a UFG instituiu o Comitê de Gerenciamento do Covid-19 na instituição, contando com o apoio de pesquisadores da área com larga experiência em questões epidemiológicas. A UFG colocou todos os seus laboratórios de pesquisa à disposição das autoridades competentes para auxiliar no diagnóstico da covid-19, sempre com capacidade técnica para seguir os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Produtos
Nos meses iniciais da pandemia, foram produzidos 25 mil protetores faciais (face shields); álcool em gel; e houve a projeção de um respirador mecânico que tem custo 5 vezes menor do que os do mercado. Além disso, houve a recuperação de 70 ventiladores mecânicos, que foram entregues à Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.
Foram confeccionados em laboratórios e ateliês de costura da UFG 234.956 equipamentos de proteção individual (EPIs). Tais como máscaras descartáveis (217.331); máscaras de tecido (8.092); escafandros (1.401) e aventais (8.132).
Pesquisa
No campo da pesquisa, dos 3.134 projetos de pesquisa em desenvolvimento, foram registrados e desenvolvidos no ano passado 20 projetos de pesquisa sobre a covid-19. Um dos projetos é do Grupo de Modelagem da Expansão Espaço-Temporal da Covid-19 em Goiás, composto por médicos epidemiologistas e biólogos especialistas em modelagem, com o objetivo de gerar evidências que auxiliassem a tomada de decisão em saúde por gestores públicos.
Houve ainda o desenvolvimento de um teste molecular rápido para covid-19. A técnica é capaz de reconhecer a doença desde o primeiro dia de sintomas e obtêm-se o resultado em menos de 2 horas. Em 2021, a UFG publicou o edital de transferência tecnológica e licenciamento da metodologia in house para uso ou exploração comercial, sem exclusividade, do protocolo UFG para teste RT-LAMP de diagnóstico molecular da covid-19.
Hospital
Antes mesmo de ser inaugurado, três pavimentos do novo prédio do Hospital das Clínicas foram cedidos à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a instalação do Hospital de Campanha HCC. Em parceria com a SMS, profissionais e residentes da Faculdade de Medicina acompanharam pacientes com covid-19 por meio de atendimento remoto. A equipe multiprofissional também foi integrada por enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e educador físico.
Já em março deste ano, o Hospital das Clínicas da UFG, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), e a Prefeitura de Goiânia firmaram um convênio para a abertura de 100 leitos exclusivos para a covid-19. O acordo foi feito como mais uma tentativa de evitar a chegada ao colapso na rede de saúde da capital devido ao alto número de casos de covid-19. Já a Faculdade de Enfermagem tem participado da vacinação contra a covid-19 realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Mesmo agora com a iminência de cortes orçamentários de R$ 1 bilhão para as universidades federais, previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa 2021), sendo R$ 16 milhões só na UFG, a UFG vai perseverar e continuar lutando se manter em atividade e continuar trabalhando para a população enquanto for possível.
Acesse o link para conhecer as ações de enfrentamento e combate à covid-19 desenvolvidas pela UFG ao longo de 2020.
Fonte: Secom UFG
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