Promover Ifes começa com a oferta de 2.130 vagas para estudantes
Piloto do Programa de Mobilidade Virtual em Rede tem a participação da UFG, Furg, UFMA e UFSB
Versanna Carvalho
A última sexta-feira de janeiro de 2021 foi marcada pelo lançamento do projeto piloto do Programa de Mobilidade Virtual em Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Promover Ifes). Na mesma data (29/1) foi publicado o edital com instruções para os discentes interessados em cursar remotamente disciplinas de cursos de graduação em uma das instituições parceiras durante o primeiro semestre civil de 2021. Estão aptos a participar do processo seletivo estudantes de graduação com a matrícula ativa em das signatárias do Promover Ifes.
Estão sendo oferecidas 340 disciplinas e 2.130 vagas, nesta primeira etapa do programa. O período de inscrição varia conforme o calendário acadêmico da Ifes participante. O prazo para se inscrever em disciplinas da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA) termina no próximo dia 3 de fevereiro de 2021 (quarta-feira). Para disciplinas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), o prazo é até 8 de fevereiro de 2021 (segunda-feira).
A solenidade foi realizada de forma remota, por meio de uma live transmitida pelo canal UFG Oficial do YouTube, com a participação dos reitores da UFG, Edward Madureira Brasil; Furg, Danilo Giroldo; UFMA, Natalino Salgado Filho; e UFSB, Joana Angélica Guimarães da Luz. As pró-reitoras de Graduação (Prograd) da UFG, Jaqueline Araújo Civardi, e de Ensino (Proen) da UFMA, Isabel Ibarra Cabrera, compuseram a mesa diretiva.
Quantitativo
A pró-reitora de Graduação (Prograd) da UFG, Jaqueline Araujo Civardi, diz que o quantitativo ofertado é considerável e que poderá ser aumentado à medida em que outras Ifes aderirem às próximas etapas do programa. "A partir da sua universidade de origem, o estudante que for classificado pelo processo de seleção poderá se matricular em até três disciplinas em uma ou mais IES de destino", afirma.
A titular da Pró-Reitoria de Ensino (Proen) da UFMA, Isabel Ibarra Cabrera, ressalta a potencialidade da iniciativa dada às muitas similaridades na trajetória das universidades federais brasileiras e até mesmo entre os discentes destas instituições. "A grande maioria ingressa pelo sistema Enem-Sisu [Exame Nacional do Ensino Médio - Sistema de Seleção Unificada]. Outro fator importante é que pelo menos 25% dos nossos estudantes são vulneráveis. Então, criar a possibilidade de mobilidade virtual é tudo o que queremos. O projeto é muito bonito e o processo é simples: todo estudante ativo na graduação pode participar", reforça.
O reitor da UFMA, Natalino Salgado Filho, complementa afirmando que o Promover Ifes abre novos horizontes aos estudantes que ultrapassam as barreiras institucionais. "A ciência tem uma transversalidade que vai fortalecer a qualidade do ensino e da pesquisa entre as nossas universidades".
Diálogo
Os múltiplos papéis das universidades federais e a forma como poderão ser positivamente impactados pelo Promover Ifes foram destacados pelo reitor da Furg, Danilo Giroldo. Segundo ele, a universidade não promove simplesmente a formação acadêmica, mas também a formação social, cultural e política dos estudantes. "Um programa como esse amplia fortemente esse diálogo intercultural e inter regional. Poderemos falar mais de flexibilização curricular, flexibilização normativa e de protagonismo estudantil", observa.
Já a reitora da UFSB, Joana Guimarães, acredita que a extensão universitária também é uma vertente com possibilidade de se beneficiar muito com o Promover Ifes. Ela salienta que a extensão terá um importante papel para que as realidades das distintas regiões do País onde as Ifes parceiras estão sediadas tornem-se conhecidas. "A Andifes [Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior] nos congrega, mas precisamos trabalhar para nos conhecermos melhor, ficarmos a par do dia a dia e do processo ensino-aprendizagem de cada instituição para que possamos nos integrar melhor e trabalhar de forma colaborativa".
Sonho
De acordo com o presidente da Andifes e reitor da UFG, Edward Madureira, o projeto faz parte de um sonho que a entidade traz há bastante tempo. Para ele, o dia de hoje é histórico por marcar o lançamento de um programa que tem a finalidade de integrar as instituições federais de ensino superior na graduação.
"Entendemos que temos no País uma infraestrutura e condição que talvez seja única no mundo com 69 universidades federais e 337 câmpus espalhados por todo o País, com um único mantenedor, uma única carreira e um marco regulatório único que possibilita que se façam interações, de forma responsável, e com impactos grandiosos no desenvolvimento do País", enumera.
Edward Madureira complementa que a proposta da atual gestão da Andifes é a de plantar uma semente de integração que deve acontecer nas mais diferentes áreas do cotidiano das universidades. "Talvez nada seja tão simbólico quanto começar esta integração pela graduação, com quatro universidades representativas de três das cinco regiões brasileiras. Queremos envolver nas próximas etapas as 69 universidades federais e daqui a pouco os institutos federais, as universidades estaduais e até mesmo expandir o programa internacionalmente", anima-se o reitor.
Saiba mais
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Fonte: Secom UFG