Roda de conversa cotas na UFG

Roda de conversa discute cotas na UFG

Sur 07/05/19 16:16.

Evento fez parte do Espaço das Profissões 2019 e abordou o funcionamento do sistema de cotas e a inclusão na Universidade

A Universidade Federal de Goiás promoveu nesta terça-feira (07/05), uma roda de conversa no primeiro dia de Espaço das Profissões 2019. O intuito da discussão era explicar para o público presente como funciona o sistema de cotas na Universidade. Ao todo são quatro comissões que analisam candidatos que buscam vagas na instituição pelo sistema de cotas: a Comissão de Escolaridade, de Verificação da Condição de Deficiência, de Análise da Realidade Socioeconômica e de Heteroidentificação.

Roda de conversa cotas na UFG

Pedro Cruz, presidente da Comissão Permanente de Autodeclaração da Regional Goiânia (COMPAD), afirmou que o critério principal para os estudantes que desejam se inscrever no sistema de cotas, é a obrigatoriedade de ter cursado todo o ensino médio em instituições públicas. “Ter estudado durante o ensino médio em escolas públicas é o critério geral, depois o sistema de cotas possui subdivisões para cotas raciais, de pessoas com deficiências, indígenas e renda familiar”. Pedro também citou o programa UFGInclui que gera uma vaga extra em cada curso onde houver demanda indígena e quilombola.

Roda de conversa cotas na UFG

Os estudantes que se inscrevem nas cotas raciais devem passar por análise na comissão de Heteroidentificação, onde segundo Pedro Cruz, os candidatos são submetidos a entrevistas com a comissão e devem obedecer a critérios fenotípicos. “Nós estamos falando de características físicas do candidato, como a cor da pele, o formato da boca, do nariz e a textura do cabelo”. Segundo o presidente da COMPAD, no ano de 2019, foram realizadas 2.300 entrevistas em toda a universidade. “Todas as entrevistas são filmadas e armazenadas, caso o candidato precise dessas imagens”.

Na Comissão de Verificação da Pessoa com Deficiência, a diretora do Núcleo de Acessibilidade da UFG, Ana Claudia Antonio, explicou como os estudantes que se enquadram nessas vagas devem proceder. “Os alunos com deficiência devem mostrar para a comissão responsável um laudo médico que comprove essa condição”. Ana também afirmou que todos os documentos necessários e o modelo do laudo médico podem ser encontrados nos editais anteriores.

Decretos e portarias também são estabelecidos para incluir cotistas de baixa renda na universidade. Segundo Eison, servidor da UFG e membro da Comissão de Análise da Realidade Socioeconômica, a renda familiar bruta mensal dos candidatos aprovados pela Lei de Reserva de Vagas precisa ser igual ou inferior a 1,5 salário mínimo. “A renda é apenas um critério para avaliação socioeconômica dos candidatos, outros fatores também são considerados, como as condições de saúde dos estudantes, as condições de moradia”, explicou.

Source: Secom UFG

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