Boletim Econômico

Desemprego volta a aumentar em Goiás

In 28/05/18 09:03 .

Com o mercado de trabalho mais apertado, o rendimento médio do trabalhador goiano caiu

Assim como ocorre com a economia brasileira, a economia goiana ainda não decolou em 2018. Os dados do IBGE para o 1º trimestre de 2018 mostram que as vendas do comércio varejista em Goiás registraram queda de 5,5% frente ao 1º trimestre de 2017, a indústria caiu 1,0% e o setor de serviços permaneceu praticamente estável (com elevação de 0,3%) no mesmo período.

O setor agropecuário parece ser uma boa exceção para a economia goiana. Tudo indica que a produção de grãos do estado apresentará novamente uma ótima performance, que será acompanhada dos bons preços que estão sendo praticados neste ano. Isso tem contribuído para gerar superávits para a balança comercial do estado, que tem o complexo de soja como seu carro-chefe.

Mesmo assim, depois de três quedas consecutivas, a taxa de desocupação voltou a aumentar em Goiás. O indicador medido pela PNADC, do IBGE, atingiu 10,2% no 1º trimestre de 2018, ante 9,4% registrados no 4º trimestre de 2017. E, quando são acrescentados também os trabalhadores que trabalham menos do que gostariam e aqueles que não procuraram emprego por conta do desalento, a taxa chega goiana a 18,1%.

Com o mercado de trabalho mais apertado, o rendimento médio do trabalhador goiano caiu de R$ 2.047,00, registrados no último trimestre de 2017, para R$ 1.999,00, no 1º trimestre de 2018, comprimindo ainda mais a capacidade de consumo das famílias goianas.

Ainda pairam muitas incertezas no país em relação aos seus ambientes econômico e político. Não se sabe ao certo quem serão os candidatos com reais chances de vencer as eleições nacionais e locais e, tampouco, se tem clareza acerca das propostas de cada um no campo econômico. Neste cenário, os planos de investimentos de maturação mais elevada acabam sendo adiados ou até mesmo suspensos em definitivo.

A redução da taxa Selic poderia estar contribuindo mais efetivamente para reativar a economia, mas a verdade é que as taxas de juros para os consumidores finais ainda permanecem muito elevadas.

A inflação continua abaixo da meta estabelecida pelo Governo, o que é positivo. Mas é preciso esclarecer que esse índice parece estar refletindo o fato de que a demanda doméstica por bens e serviços ainda continua em níveis bastante aquém daquilo que foi num passado não muito distante.

Fonte: FACE/UFG

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