
Exposição "Com os pés plantados nas nuvens"
O Centro Cultural UFG lança no dia 24 de março às 18h30, a exposição "Com os pés plantados nas nuvens", do Âmbar - Grupo de pesquisa em Práticas Artísticas da Faculdade de Artes Visuais da UFG. As visitações vão de 25 de março a 03 de junho de 2022. A exposição é a primeira do grupo, realizada no Centro Cultural da UFG e tem como intuito - além de mostrar a produção artística de seus integrantes - tornar-se um lugar de encontro entre pesquisadores, estudantes e comunidade, oferecendo conhecimentos acerca da produção artística contemporânea. O Grupo Âmbar é um Grupo de Pesquisa em Práticas Artísticas formado por professores da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás com o objetivo de desenvolver e aproximar ações de ensino, pesquisa e extensão. Neste sentido, busca dar visibilidade às produções de seus membros, tanto no âmbito acadêmico, quanto nos vários espaços do circuito de arte.
A presente exposição é resultado de pesquisas que vêm se produzindo há pouco mais de um ano, e que teve uma primeira apresentação processual on-line em novembro de 2021. As obras apresentadas consideram o termo “âmbar” em seu sentido ampliado, metafórico, temporal e único, simbólico e material, isto é, ligado à luz e à cor do pôr-do-sol de Goiás, à resina extraída de árvores, com a qual se fazem pinturas, gravuras, além de servir a receitas da medicina popular, como fazem os quilombolas, na Chapada dos Veadeiros.
Assim, da variada possibilidade do uso da seiva e do âmbar enquanto cor, nasceram uma gama de possibilidades artísticas que foram pensadas e trabalhadas em técnicas e materiais diversos a partir da prática pessoal de cada um dos membros do grupo. Essa diversidade, representada por obras que vão do vídeo ao desenho, da fotografia à performance, do texto à escultura passando pela instalação, é ancorada, porém, em um compromisso generoso entre o grupo, resultando em uma soma que fortalece cada um de seus membros.
Por fim, o título da exposição faz jus tanto aos tempos em que vivemos, porque estamos sempre prestes a cair, quanto ao ser nefelibata que é o artista, às vezes mais próximo do céu do que da terra. A vantagem é que o céu de Goiás é de uma beleza estonteante. Entre o pôr-do-sol e o anoitecer, na época em que as nuvens, gigantescas, se deixam banhar pela cor do ocaso, deixamos que os sonhos nos atravessem e nos guardem, como faz a resina do âmbar, que acolhe para sempre os segredos do tempo no seu interior.
Participantes: Adriana Mendonça, Eliane Chaud, Glayson Arcanjo, Maria Tereza Gomes, Odinaldo Costa, Rubens Pileggi e Paulo Duarte-Feitoza.
Projeto Educativo: Valéria Fabiane.
Texto curatorial : Paulo Henrique Duarte-Feitoza
“Os trabalhos aqui apresentados, em toda sua heterogeneidade, procuram reavaliar, pensar e criar a partir da luz, cor e materialidade âmbar, tão características do Brasil Central, mergulhando, cada um à sua maneira, nas profundezas da criação.”
Adriana Mendonça