UFG desenvolve método que detecta a origem de vinhos
Pesquisa utiliza química e computação para atestar rótulos e evitar falsificações
Texto: Camila Godoy
Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveu um método para autenticar a origem de vinhos, evitando assim possíveis falsificações nos rótulos. Para tanto, um grupo de pesquisadores analisou os elementos químicos presentes em diversas variedades da bebida produzida no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, traçou padrões que diferenciam os tipos de uva e o local de produção dos vinhos, bem como utilizou esses modelos como parâmetro para testar outros rótulos.
A metodologia, criada em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), tem duas etapas: a coleta de dados dos componentes químicos de vinhos e a análise dessas informações por meio de algoritmos para descobrir os padrões das bebidas. O professor do Instituto de Informática da UFG, Rommel Melgaço Barbosa, coordena essa segunda fase do trabalho.
Segundo o docente, o estudo já permite dizer, por exemplo, se um vinho do tipo Cabernet Sauvignon é do Brasil ou do Chile. “Quando analisamos os elementos de algum rótulo e comparamos com os padrões já encontrados, podemos detectar a origem. Como o vinho chileno é, em geral, melhor reconhecido do que o brasileiro, poderia haver falsificações. A autenticação evita esse tipo de fraude”, afirmou.
Outros produtos
Além dos vinhos, os pesquisadores aplicaram a metodologia com outros produtos e obtiveram resultados satisfatórios. O grupo conseguiu encontrar padrões e autenticar o arroz de Goiás e do Rio Grande do Sul e o mel de quatro regiões brasileiras. De acordo com o professor Rommel Melgaço Barbosa, subsídios fiscais de determinados locais para esses produtos podem atrair falsificações no rótulo de origem.
资源: Ascom UFG
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