Drones serão utilizados para monitorar a Amazônia e o Cerrado
Sensores capazes de “ler” árvores ou edifícios inteiros, serão testados pela primeira vez no mapeamento de florestas dos dois biomas
De que maneira é possível utilizar sensores de última geração para estudar as florestas, os solos e a biodiversidade brasileira? No início de julho, o WWF-Brasil e a Universidade Federal de Goiás (UFG), com o apoio da Universidade da Flórida, dão um importante passo na busca por essa resposta.
Isso porque, entre os dias 10 e 12 de julho, essas três instituições, em conjunto com outros parceiros, promovem no Câmpus Samambaia da UFG, no Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig), o minicurso Sensores Avançados Embarcados em Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs).
Contando com momentos teóricos e práticos, este curso tem como objetivo testar o uso de sensores hiperespectrais e LiDAR na geração de imagens sobre diversos tipos de paisagens na Amazônia e no Cerrado. A ideia é, por meio dessas imagens, gerar informações sobre degradação e recuperação florestal e assim melhorar os trabalhos de conservação da natureza que acontecem nesses dois biomas.
O minicurso terá aproximadamente 25 participantes, entre docentes e estudantes de graduação e pós-graduação da UFG, além de pesquisadores de outras organizações. Os professores serão EbenBroadbent e Angélica Zambrano, da Universidade da Flórida – instituição que já tem trabalhos com sensores de alta tecnologia. Os dois professores virão compartilhar suas experiências, visando uma parceria internacional em nível acadêmico e científico.
Artigos e teses
Um dos coordenadores do minicurso, o professor da UFG Manuel Eduardo Ferreira, explicou que a capacitação vai testar “todas as possibilidades” desses aparelhos. “Como são equipamentos caros e não tão comuns, vamos testar os usos, as aplicações, os resultados e as análises de dados”, afirmou. O educador contou ainda que os dados obtidos vão gerar, no futuro, artigos científicos e dissertações de mestrado e teses de doutorado. Algumas pesquisas sobre este tema já estão sendo conduzidas na Pós-Graduação em Geografia da UFG/IESA.
Manuel é docente do Instituto de Estudos Socioambientais da UFG, e pesquisador associado ao Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig).
Para o especialista de conservação do WWF-Brasil, Marcelo Oliveira, o trabalho conjunto entre o WWF-Brasil, o Lapig e a Universidade da Flórida é um dos pontos positivos deste trabalho. “Também acredito que estamos dando um importante passo no uso dessas tecnologias para aplicações práticas nos estudos de conservação da floresta amazônica”, disse.
Entre os apoiadores desta atividade estão a Embrapa e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
资源: Ascom UFG
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