Semente de goiaba é usada para fabricar ração animal e cosméticos
Pesquisa da UFG revela que a semente, geralmente descartada por indústrias alimentícias, pode servir de matéria-prima para novos produtos
Texto: Natália Moura
Fotos: Divulgação
Pesquisadores da Faculdade de Farmácia da UFG descobriram potencial para novos produtos na semente de goiaba. A pesquisa, iniciada em 2010, verificou, por meio de teste de composição, que a semente possui um teor de 15% de proteínas. Em parceria com a Predilecta Alimentos, empresa que descarta cerca de 35 toneladas de resíduos por mês, a maioria restos de polpa e sementes, os pesquisadores desenvolveram um complemento alimentar para adicionar a rações de aves.
Segundo o professor Edemilson Cardoso da Conceição, coordenador da pesquisa, a semente descartada por indústrias alimentícias, pelos resultados obtidos no estudo, pode ser considerada “um resíduo nobre”. Um dos destaques é a aplicação do produto na alimentação de galinha poedeiras. A adição do complemento verificou um aumento na qualidade e no volume da gema e da clara dos ovos. Além disso, também houve aumento na espessura da casca do ovo, evitando assim possíveis perdas do produto.
Pesquisadores utilizaram sementes descartadas por empresa para desenvolvimento de complemento alimentar
Já para a criação de pintinhos, os pesquisadores se encarregaram de fazer um extrato que substituísse o premix - produto de custo alto que mistura vitaminas e minerais - e notaram que os dois produtos tiveram um resultado similar nas aves. O resultado dessa pesquisa visa contribuir para lucratividade de pequenos produtores, substituindo produtos caros e diminuindo o custo de produção. Além disso, contribui com o meio ambiente, já que utiliza resíduos que antes eram descartados na natureza.
Cosméticos
A semente de goiaba também foi matéria-prima para a produção de cosméticos. Depois de triturada, a semente pode substituir materiais sintéticos na composição de esfoliantes. O produto final ainda não foi concluído e está em fase de testes junto a uma empresa de cosméticos. A previsão é de que chegue ao mercado no próximo ano.
Fonte: Ascom/UFG
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