Seminário discute plano para região metropolitana de Goiânia

Fotos e texto: Camila Godoy

Englobando mais de vinte municípios, a Região Metropolitana de Goiânia receberá um novo Plano de Desenvolvimento Integrado, elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos de Goiás (Secima), em parceria com a UFG. Para apresentar o cronograma e os objetivos do projeto, gestores, equipe técnica e comunidade em geral se reuniram na manhã desta quinta-feira (25/8), no auditório do Centro de Aulas D da Universidade, para o primeiro seminário sobre o tema. Na ocasião, foram debatidos a estruturação, mobilização e articulação regional necessárias ao desenvolvimento do plano.

O vice-reitor da UFG, Manoel Rodrigues Chaves prestigiou a abertura do encontro e sinalizou o desejo institucional de que o projeto resulte em um trabalho para atender, sobretudo, a sociedade marginalizada. Segundo ele, existem três grandes desafios a serem superados: aprender a pensar as cidades com um olhar multidisciplinar, aproximar as instituições e promover a integração de diversas prefeituras. “Acredito que esse último seja o maior deles.  É necessários que gestores deixem de lado o hábito de pensar apenas nos limites de seu território e passem a olhar para o todo”, afirmou.

O secretário da Secima, Vilmar Rocha, destacou a importância do planejamento para que a Região Metropolitana de Goiânia realmente se firme como tal. “Termos uma região integrada é um sonho antigo, mas ainda estamos longe disso. O primeiro passo para chegarmos lá é esse daqui. Ainda que não seja um procedimento típico da nossa cultura extremamente imediatista, que quer resolver tudo da noite para o dia, as coisas só são bem feitas e só atingimos a sustentabilidade quando planejamos”, disse. Para ele, o desenvolvimento desse plano é uma política de Estado, que deve surtir efeitos em médio e longo prazo.

Gestores, equipe técnica e comunidade em geral participaram do seminário para debater o planejamento da Região Metropolitana de Goiânia

Participação da UFG

Vilmar Rocha também destacou a parceria da Secretaria com a UFG, que de acordo com ele, vem sendo construída a algum tempo, principalmente a partir da elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos, também elaborado pela Universidade. “A UFG tem um corpo técnico altamente qualificado. Queremos valorizar cada vez mais essa competência e ampliar a parceria”, defendeu. Ainda segundo o secretário, a condução do projeto dependerá principalmente do envolvimento dos municípios, que devem oferecer serviços de maneira integrada.

A professora do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da UFG (Iesa), Celene Cunha Monteiro, é quem está coordenando o trabalho. Durante a abertura do evento ela recuperou a história do projeto, que começou a ser pensado em 2013, e abordou o caráter participativo da iniciativa. “Cada um de nós tem uma responsabilidade. Para termos sucesso nesse projeto, precisamos articular essas incumbências. No dia-a-dia, a experiência metropolitana, por si só nos proporciona o compartilhamento, seja da água, do ar ou das ruas. O que falta é a união”, afirmou.