Cepae realiza 9ª Mostra de Livro Infantil

Texto: Renato Rodrigues

Fotos: Victor Martins

Cerca de 100 crianças participaram nesta quarta-feira (20/04) da “9ª Mostra do Livro Infantil” do Departamento de Educação Infantil (DEI) do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) da UFG, antiga creche. Entre as várias atividades pedagógicas programadas foram realizadas oficinas de leitura e apresentações de contação de histórias. Além de alunos da educação infantil também compareceram crianças do 1º ano do Ensino Fundamental do Cepae.

Alcir Horário da Silva, diretor do Cepae, ressaltou que a contação de histórias motiva as crianças a se interessarem pelos livros. Ele explicou que a Mostra envolve a participação dos pais dos alunos com o objetivo de incentivar o hábito da leitura também em casa. O diretor acrescentou que o evento se contextualiza com metodologia histórico-cultural aplicada na no Cepae. “A criança primeiro aprende e depois desenvolve o aprendizado em outras atividades por meio do contato com outros alunos, com os professores e com o ambiente escolar”, avaliou.

Alcir Horácio destacou a iniciativa da mostra infantil de livros também no desenvolvimento das crianças atendidas pelo DEI em atendimento à Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. “Temos um aluno com Síndrome de Down que entrou no DEI neste ano e os pais afirmam que já notaram um importante desenvolvimento da criança no aprendizado e no comportamento”, acrescentou. Ele lembrou que um dos desafios enfrentados pelas unidades de ensino infantil é manter uma infraestrutura material e humana para atender as demandas de inclusão.

Crianças interagem com a contadora de histórias durante as atividades da 9º Mostra do Livro Infantil realizada pelo Cepae

Diane Valdez, escritora de livros infantis e professora da Faculdade de Educação (FE/UFG), trabalha há cerca de 30 anos como contadora de histórias foi uma das convidadas pela Mostra. Ela apresentou contos infantis como “O lobo e os três cabritos” e “A galinha ruiva”. Para Diane Valdez contar e ouvir histórias é um direito da criança, e proporcionar isso aos alunos, um dever dos adultos. A escritora defende que o acesso à literatura está diretamente ligado ao desenvolvimento infantil. “A literatura possibilita conhecer o mundo por meio de letras e imagens”, comentou.

O professor Mateus Leles Lima é pai de um aluno do DEI, o Joaquim, de dois anos e nove meses de idade. Ele acompanhou as atividades da 9ª Mostra de Livro Infantil e elogiou a iniciativa. “Muitas histórias contadas trabalham vários conceitos importantes para o desenvolvimento da criança”, avaliou. Mateus Leles acredita que o contato com os livros infantis colabora para melhorar o vocabulário do filho e, por isso, tem o hábito de presentar Joaquim com livros para incentivar o hábito de leitura desde os primeiros anos de vida.

Pai de aluno do Departamento de Educação Infantil que participou do evento afirma incentivar o hábito da leitura em casa 

Na segunda etapa da contação de histórias, as educadoras Márcia Santana, Amanda Guedes e Yasmin Lyra, todas professoras do Departamento de Educação Infantil do Cepae, apresentaram o conto “O tesouro de Margarida”. A história relata o drama de uma jovem que perdeu o seu maior tesouro e envolve a participação das crianças para ajudar a descobrir qual seria este importante tesouro.

Ao final, depois de muita interatividade e envolvimento dos alunos que tentavam desvendar o mistério, Margarida mostra que o tesouro perdido era um simples lápis de escrever com o qual as crianças podem criar suas próprias histórias, com seus heróis e personagens próprios. “Como educadora vejo a contação de histórias como um dos pontos principais da educação infantil”, pontuou Márcia Santana. 

Professoras do Cepae apresentaram a história "O tesouro de Margarida" cujo enredo envolve a participação dos alunos