Pesquisa identifica trechos com riscos para o Rio Araguaia

Texto: Monithelle Cardoso

Fotos: Carlos Siqueira

O aumento de bancos de areia pode causar o assoreamento dos rios, com prejuízos para o escoamento fluvial e passagem de embarcações. Para avaliar trechos do alto curso do Rio Araguaia, pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) analisaram o potencial de transporte de sedimentos na região de Mineiros e Santa Rita do Araguaia, em estudo publicado em 2015.

Na nascente do Rio Araguaia há a presença de ravinas e voçorocas resultantes de erosões que lançam areia para dentro do rio. O orientador da pesquisa, professor Márcio Henrique Zancopé, relata que, durante o estudo, foi avaliado se os rios da região do alto Araguaia conseguem levar sedimentos para o médio Araguaia.

Os pesquisadores identificaram trechos do rio onde há a maior probabilidade de ocorrer o processo de acúmulo de detritos e, a partir disto, criaram um mapa de suscetibilidade de assoreamento referente à região do Alto Araguaia. No mapa, os locais estão definidos conforme o seu potencial de transporte de sedimentos. Acesse o mapa publicado no Boletim Goiano de Geografia aqui. 

O professor explica que as regiões que indicam potencial moderado de transporte não levam com facilidade os sedimentos, mas também não possuem uma alta capacidade de manter as areias resultantes de erosão no local. Segundo ele, o problema é a quantidade de sedimentos que são lançados, que podem fazer que o rio fique mais raso.

Pesquisas do Labogef

O Laboratório de Geomorfologia, Pedologia e Geografia Física (Labogef) é responsável por estudos no Rio Araguaia. Em uma das pesquisas, foram detectadas ocorrências de ravinas e voçorocas na região das nascentes do rio que apareceram nos últimos 40 anos. Em outra, realizada no médio Araguaia, região de Aruanã, identificaram o crescimento da quantidade de bancos de areia.

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