Reuniões elucidam processo de criação de novas universidades

Texto: Angélica Queiroz

Fotos: Carlos Siqueira/ Estael Lima

Tendo em vista o processo de emancipação das Regionais Catalão e Jataí da UFG, o reitor, Orlando Amaral, participou de uma Reunião Pública na Regional Catalão e de uma Assembleia Universitária por videoconferência na Regional Jataí, na quinta-feira (12/11), para esclarecimentos sobre a criação das duas novas universidades. Nesta sexta-feira, Orlando Amaral, viajou à Brasília onde, em reunião com o Secretário Executivo do Ministério da Educação (MEC), deve conhecer detalhes da minuta de projeto de lei redigida pelo Ministério.

Orlando Amaral esteve no MEC na manhã desta sexta-feira para conhecer detalhes de projeto de lei

Para Orlando Amaral, este é um momento histórico para a UFG, resultado de uma demanda antiga e da luta das comunidades das duas regionais. “Tanto Catalão como Jataí estavam prontas e criaram bases para que essa reivindicação fosse tratada com muita tranquilidade pelo MEC”, afirmou. O reitor detalhou os fatos que contribuíram para a decisão de emancipação, especialmente no último mês, ressaltando o apoio do governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo que, em audiência com a presidente Dilma Rousseff, conseguiu oficializar o envio do projeto de lei para a criação das duas novas universidades. A visita da presidente às duas Regionais para assinatura do projeto de lei deve ocorrer no próximo dia 26 de novembro.

Próximos passos

Segundo esclareceu o reitor, o próximo ano deve ser de muito debate com a comunidade acadêmica e o MEC para construir coletivamente um projeto para a oficialização da emancipação das regionais. A exemplo de outras universidades recém-criadas, Orlando Amaral lembrou que a tramitação, que irá passar por comissões no Congresso Nacional, deve demorar cerca de dois anos. “Isso é bom porque nos dá tempo para nos prepararmos para que essa transição seja tranquila”, opinou o reitor.

Uma vez que o projeto de lei que cria as duas novas universidades em Goiás for aprovado pelo MEC, o Ministério deve definir uma universidade tutora para cada uma das recém-criadas e um reitor pro tempore. Orlando Amaral também explicou que, nos primeiros anos, o tratamento para questões orçamentárias na nova universidade será diferenciado até que elas estejam consolidadas e possam entrar no modelo de partição, que define o montante que vai para cada universidade federal.

Respondendo a perguntas, o reitor explicou que, uma vez criada oficialmente a nova universidade, estudantes, professores e técnico-administrativos passam a ser da nova universidade, assim como todo o patrimônio. Orlando Amaral destacou ainda que essa separação não é “litigiosa” e que, mesmo após a emancipação das regionais Jataí e Catalão, a UFG pretende continuar próxima, mantendo e fortalecendo o vínculo entre as instituições. “Vamos trabalhar em sintonia e parceria na construção desse grande projeto que vai fazer toda a diferença para Jataí, Catalão e Goiás,” concluiu.

Catalão

Diretor da Regional Catalão, Thiago Jabur, lembrou que várias questões ainda precisam ser discutidas e planejadas. Segundo ele, foi criada uma comissão na Regional Catalão que já realizou encaminhamentos que contemplam a discussão contínua de todo o processo. Essa comissão já está em contato com outras universidades, sobretudo as recém-criadas e deve organizar visitas e videoconferências para a troca de experiências.

Em Catalão, comunidade pôde tirar dúvidas sobre o processo de criação da nova universidade

Jataí

Em Jataí, técnico-administrativos, discentes e membros de diversos setores da sociedade jataiense, tais como os vereadores municipais, estiveram presentes na Assembleia Universitária para ouvir esclarecimentos do reitor e do diretor da Regional, Alessandro Martins. Além de tirar dúvidas, os presentes foram consultados sobre a escolha do nome da universidade na cidade.

Inicialmente havia sido escolhido o nome “Universidade Federal do Sudoeste Goiano”, mas à pedido da Regional, o MEC deu um novo prazo para que a comunidade fosse questionada sobre essa escolha. Assim, na manhã de quinta-feira, antes da Assembleia Universitária, que já estava agendada, o Conselho Gestor da Regional deliberou que os nomes votados anteriormente fossem levados a consulta ampla com a comunidade durante a reunião.

Participantes da Assembleia, que se inscreveram no local, fizeram as defesas dos nomes, sendo que o nome “Universidade Federal de Jataí” obteve maioria dos votos. Nesta sexta-feira (13/11) o Conselho Gestor da Regional Jataí se reuniu novamente, em caráter extraordinário, para referendar a decisão e constituir documento a ser encaminhado ao MEC.

Em Jataí, reitor participou por videoconferência de Assembleia Universitária, que decidiu nome da nova universidade