Comunidade acadêmica participa de Assembleia Universitária em Jataí

Texto: Camila Godoy
Fotos: Carlos Siqueira

Docentes, técnico-administrativos e estudantes da UFG se reuniram no Auditório da Unidade Jatobá da Regional Jataí para Assembleia Universitária realizada na manhã desta quinta-feira (17/09). O encontro foi convocado pelo reitor da Universidade, Orlando Amaral, para debater com a comunidade a situação da UFG no atual contexto político e econômico brasileiro. Presidida pelo reitor, a mesa foi composta pelo diretor da Regional, Wagner Gouvêa dos Santos, e por representantes dos sindicatos das categorias dos servidores da Universidade.

Orlando Amaral explicou que, geralmente, as Assembleias Universitárias são convocadas para realização de homenagens, mas que, também podem ocorrer em caráter não deliberativo para a discussão de temas relevantes. “É uma enorme satisfação estar aqui. Esta Assembleia cumpre exatamente a função de descentralizar o debate e as informações”, disse.

O reitor apresentou dados da UFG, fazendo uma análise comparativa com outras universidades federais, e explicou como o orçamento do Ministério da Educação (MEC) é distribuído entre as instituições. Segundo ele, para a distribuição de recursos entre as universidades federais são analisados fatores como: o número de ingressantes na graduação e na pós-graduação stricto sensu, de diplomados e titulados, a relação aluno/professor, a avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “É importante que todos conheçam estes números e indicadores com o objetivo de definir estratégias de atuação visando melhorar a nossa participação na distribuição do orçamento do Governo Federal”, concluiu.

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Orlando Amaral também detalhou os principais gastos anuais da universidade. “Nós estamos vivendo um momento muito difícil e instável, que extrapola à Universidade. Estamos esperando e lutando pela complementação de recursos para finalizar o ano com as contas pagas, mas, caso isso não ocorra, precisaremos de cautela e muita negociação na administração do financeiro. Por enquanto, continuamos com algumas medidas para reduzir os gastos”, enfatizou.

Reitor fez comparativo da situação da UFG com outras universidades federais

Debate

Depois da apresentação realizada pelo reitor, a representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifes GO), Elleuzy Moni do Carmo, que participou da mesa, falou sobre as dificuldades vividas na Regional Jataí com a falta de servidores e com o corte de terceirizados. Orlando Amaral explicou que tem plena consciência dessas dificuldades e sabe que com a extinção de alguns cargos ao longo dos anos e com o corte de aproximadamente 20% dos terceirizados, a situação pode ter se agravado, mas que é objetivo da instituição preservar ao máximo as atividades desempenhadas pelo corpo funcional da UFG.

Diretor da Regional Jataí e representantes dos sindicatos das categorias dos servidores da Universidade participaram do debate

O representante da Associação dos Docentes dos Câmpus Avançado de Jataí (ADCAJ), Fernando Silva dos Santos, também participou do debate e fez uma análise sobre a situação do serviço público no Brasil. Já o representante do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg Sindicato), Edésio Filho dos Reis, aproveitou a ocasião para destacar a importância do diálogo para que as decisões referentes à UFG fossem realizadas em conjunto. Ao final, a plateia também teve voz e participou da discussão, apresentando questionamentos e sugestões.

Comunidade acadêmica apresentou questionamentos e sugestões

Questionado sobre a possibilidade da Regional Jataí se transformar em uma universidade independente, o reitor afirmou que se essa for uma decisão da Regional, ele estará junto com a comunidade acadêmica para mobilizar as forças políticas do Estado e levar esta reivindicação ao Governo Federal. Orlando Amaral ressaltou que “a implantação de uma estrutura multirregional, com a descentralização do orçamento e das instâncias de deliberação, fortalece a UFG como instituição, tornando-a mais democrática e eficiente, mas ao mesmo tempo é uma forma de preparar as Regionais para se transformarem em instituições de ensino independentes”, concluiu.