Casca da jabuticaba é reaproveitada para criar novo produto
Pesquisa da UFG, em parceria com produtor de jabuticaba da cidade de Hidrolândia, visa reduzir o descarte de resíduos de alimentos
Em parceria com a Fazenda Jabuticabal, na cidade de Hidrolândia, Goiás, pesquisadores da UFG desenvolveram estudos para que a casca da jabuticaba passe a ser reaproveitada em novo produto. Isso acontece porque a jabuticaba é uma fruta perecível que, depois de colhida, possui vida útil de até três dias e, quando é industrializada, a casca e a semente não são utilizadas, acarretando uma perda de 50% do fruto. Com os resultados da pesquisa, agora, a casca da jabuticaba pode ser comercializada em passa ou cristalizada. O novo produto preserva os antioxidantes da casca in natura, tão desejável hoje em dia, sendo, portanto, mais uma alternativa de alimento saudável.
A professora da Escola de Agronomia da UFG e orientadora do projeto, Clarissa Damiani, esclarece que a pesquisa com resíduos ou co-produtos da agroindústria de frutas permite agregar valor àquilo que seria descartado, além de ser alternativa para redução do lixo orgânico, redução do desperdício e disponibilização de nutrientes em formas alternativas de consumo.
Projeto de extensão
Com a pesquisa, foi iniciado o projeto de extensão Difusão do Conhecimento para Padronização de Produtos Derivados da Jabuticaba, uma parceria entre a UFG e mulheres produtoras da fruta, em Hidrolândia. O projeto teve como fim padronizar produtos como polpa congelada, néctar, geleia, doce em massa, doce em pasta e compota que, muitas vezes, eram produzidos fora dos padrões exigidos pela legislação brasileira, acarretando em durabilidade inferior a uma semana, o que dificultava a comercialização.
Diante desse quadro, foram realizados cursos com todos aqueles interessados em produzir e comercializar produtos derivados da jabuticaba, sem custo algum, com o objetivo de passar os conhecimentos necessários para ter um produto de qualidade, com validade de até um ano, sem incorporação de aditivos, preservando o valor nutricional da fruta.
Fonte: Ascom UFG
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