Mulheres que fazem prevenção ao câncer de mama regularmente são minoria

O Programa de Mastologia do Hospital das Clínicas (HC-UFG) está desenvolvendo um estudo que mostra que o número de mulheres que realizam o exame de mama rotineiramente ainda é baixo em Goiás. A pesquisa aponta que, nos últimos cinco anos, o número aumentou de 12% para 15%. Apesar do crescimento, os dados ainda são considerados baixos e longe do ideal que é de 70%, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os dados servem de alerta na semana em que são celebrados do Dia Mundial Contra o Câncer e o Dia Nacional da Mamografia, comemorados hoje, 04/01, e amanhã, 05/01, respectivamente.

Além do Estado de Goiás, a equipe do Programa de Mastologia também analisou os números das outras 26 unidades da federação brasileiras e o resultado mostra uma grande distância entre as regiões mais ricas do país e as mais pobres. Enquanto o Paraná aparece em primeiro lugar com 40% de mulheres que realizam o exame, o Pará e o Acre ocupam a lanterna e têm apenas 7% de mulheres que fazem a mamografia. Para chegar neste cálculo, foram utilizados os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde que tem o número de quantos exames foram feitos no país.

Fatores
Apesar dos dados alarmantes, o resultado não surpreende o coordenador do Programa, Professor Ruffo de Freitas. Para o docente faltam políticas públicas direcionadas para o câncer de mama. "É uma das doenças cancerígenas que mais mata no Brasil e nós não temos políticas fortes de prevenção", afirmou. Segundo a pesquisa, metade dos aparelhos mamográficos do Estado de Goiás estão na Capital o que acaba dificultando no acesso às mulheres do interior do estado e que justifica o baixo número de exames feitos regularmente.