
Pós-graduação da UFG discute sistema de cotas para ingresso de novos alunos
Proposta deve ser votada no CEPEC e no CONSUNI para que seja aprovada
Texto: Alex Maia
Foto: Carlos Siqueira
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) promoveu, nesta quarta-feira (26/11), um debate em torno da minuta de resolução que prevê estabelecimento de cotas raciais e ações afirmativas para os programas de pós-graduação stricto sensu da UFG. O encontro foi realizado no auditório da Biblioteca Central (BC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e teve como objetivo apresentar a proposta para a comunidade acadêmica e esclarecer possíveis dúvidas sobre como o programa funcionaria.
Depois de ser elaborada por uma comissão de docentes da UFG e aprovada pela Comissão dos Programas de Pós-Graduação da Universidade, a minuta de resolução segue para o Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura (Cepec), onde será novamente avaliada. Caso seja aprovada, a proposta seguirá para o Conselho Universitário (Consuni), instância suprema da Universidade. Se homologada, ela passará a valer como política institucional e não poderá ser questionada, já que as instituições de ensino superior têm autonomia para determinar formas de ingresso, desde que autorizadas pelo MEC.
Pró-reitor de Pós-Graduação, José Alexandre, explica como funcionaria o novo sistema
A minuta é semelhante à lei de cotas adotada para estudantes de graduação e prevê 20% de suas vagas para estudantes negros, pardos e indígenas. Apesar de ser um tema que tem gerado bastante polêmica nesses últimos anos, a proposta foi aprovada em esmagadora maioria nas instâncias em que foi votada até agora. De forma sucinta, o pró-reitor de Pós-Graduação, José Alexandre, explicou como vai funcionar a reserva de vagas. “Não é uma questão de se estabelecer um nível mínimo para que o aluno possa ingressar no sistema de pós-graduação. É simplesmente uma questão de competição entre pessoas que estão no mesmo nível de dificuldade social”, explicou.
O pró-reitor de Graduação, Luiz Mello, também esteve presente no debate e mostrou entusiasmo com a possibilidade de se adotar o sistema de cotas nos programas de Pós-graduação, algo pioneiro no País. “É absolutamente inédito uma universidade federal no Brasil ter uma política de cotas como programa para os cursos de pós-graduação. O que está sendo proposto é uma política de cotas exclusivamente racial, coisa que não conseguimos fazer na graduação. Acho que isso é um avanço enorme”, concluiu.
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Fonte: Ascom UFG
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