Filipe Catto mistura estilos e agrada público

Texto: Camila Godoy

Fotos: Carlos Cirqueira

Filipe Catto foi a atração no mês de junho da temporada 2014 do Projeto Música no Câmpus. O show Entre Cabelos, Olhos e Furacões impressionou o público reunido no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, Câmpus Samambaia, na noite desta terça-feira, 10/06.

O show começou com músicas próprias, como Saga, Alazão e Ascendente em Câncer, e mesclou interpretações de músicas consagradas pelo público brasileiro, como Nós, de Cássia Eller, e 2 Perdidos, de Dadi e Arnaldo Antunes, mas com a marca de Filipe Catto. Traços de samba, bossa nova, jazz e balada pop foram percebidos nas canções durante o espetáculo.

Voz e interpretação de Filipe Catto impressionam a plateia

O show agradou a todos. O estudante de Administração, Vitor Azevedo, saiu do Centro de Cultura e Eventos "petrificado", como ele mesmo classificou. “Conhecia poucas músicas dele, mas hoje saio daqui completamente apaixonado pela voz e interpretação de Filipe Catto”, disse.

O evento reuniu pessoas de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro que vieram a Goiânia para prestigiar o espetáculo. Josette Monteiro de Souza, brasiliense, achou que essa era a oportunidade de rever o artista: “Considero Filipe Catto um dos melhores artistas da atualidade. Ele já cantou em Brasília, mas sempre demora para voltar. Quando fiquei sabendo que ele cantaria em Goiânia, não pensei duas vezes antes de vir”.

Klaudia Alvarez é do Rio de Janeiro e vai em todos os shows de Filipe Catto, “sempre com uma camiseta personalizada”, contou. Até o administrador da página na rede social Facebook do Fã Clube Fôlego veio prestigiar o show em Goiânia. Toninho, como é conhecido, disse que não se cansa de acompanhar o ídolo. “Cada show de Filipe é diferente”, explicou. Confira aqui as fotos do show.

Fã Clube de Filipe Catto reúne brasilienses, cariocas e paulistas no show do Música no Câmpus

Confira a entrevista exclusiva com Filipe Catto:

Como você considera sua relação com o público goiano?

Passei o último réveillon em Pirenópolis, mas também já toquei na Cidade de Goiás. Goiânia eu conhecia só de passagem. O Estado de Goiás é uma bênção, com uma energia maravilhosa. Mesmo que eu esteja cantando em Goiânia pela primeira vez, eu já tinha uma relação bem bacana com o público da cidade por meio das redes sociais. Sempre recebo muita manifestação de carinho daqui. Hoje, percebi as pessoas muito felizes com o show, que foi muito bem divulgado. Até mesmo quando cantei em Goiás, muitos goianienses foram até lá para participarem do show. Eu me sinto muito em casa aqui!

Como está o repertório desta noite?

O meu repertório é uma coisa meio maluca. Eu tenho o projeto Entre Cabelos, Olhos e Furacões, desde 2011. Mas, de lá para cá, muitas músicas foram incluídas e outras saíram. Acredito que o segredo para esse show ainda estar pulsante são justamente essas mudanças.

E os projetos futuros?

Acabei de estrear em São Paulo o show Filipe Catto canta Cássia Eller e estou louco pra trazê-lo a Goiânia e Brasília, porque acho que a Cássia tinha uma relação muito bacana com o Centro-Oeste. Esse projeto não vai se transformar em disco, é só um show, uma interação com o público. Paralelamente a isso, eu estou compondo bastante. O meu processo de criação é muito quietinho, dentro de casa, e depois eu gosto de trazer isso para as pessoas. É inevitável que eu grave um disco, no início do próximo ano, só com músicas inéditas.

Uma aluna de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo da UFG quer saber a relação de suas interpretações com o cinema de Almodóvar.

Sempre fui muito inspirado pelo cinema. Acredito que a música é apenas uma das formas de comunicação, que se alimenta de outras artes. Gosto muito das artes plásticas e do cinema também. O trabalho do Almodóvar me influencia muito. Acho que seus filmes trazem elementos populares que são transformados em algo extremamente autoral e surpreendente. Eu canto duas músicas que fazem parte da trilha sonora de seus filmes. Adoro esse cineasta!

Filipe Catto durante show no Música no Câmpus