Abstrações para Morrer de Amor é marcada por obras baseadas na linha e na cor

 Illa Rachel

A exposição Abstrações para Morrer de Amor, de Célio Braga, foi aberta na manhã desta quinta-feira (02-06), na Galeria da Faculdade de Artes Visuais (FAV) da UFG, com uma série de trabalhos feitos com recortes de bulas de remédios, fotografias, fitinhas do Senhor do Bonfim e até mesmo purpurina. Os elementos foram arranjados com a utilização de técnicas de colagem, pintura e desenho.

Público pode conferir exposição de Célio Braga na Galeria da FAV, na UFG

Segundo Célio Braga, ao primeiro olhar as obras apresentam um aspecto minimalista, mas quando o expectador se aproxima, nota a quantidade de informação pessoal contida em cada uma das 28 obras expostas. “Cada bula, cada fotografia, foi colecionada por amigos e familiares. Todos eles têm uma história”, explica o artista. Ainda de acordo com Braga, a exposição é um reflexo da dualidade bom, alegre / ruim, triste. “Por isso utilizei as bulas, que lembram doença, mas também a crença na cura, assim como as fitas do Senhor do Bonfim, que representam a cura com um toque religioso”, acrescenta. Seja em forma de quadros ou de longas tiras penduradas ao teto, as obras trazem fotos, bulas e fitas cobertos por uma camada branca, uma espécie de tinta: “reflete o desejo de purificação”, explica Célio Braga.

Célio Braga procura tratar da antítese bom/ruim em suas obras de Abstrações para Morrer de Amor

Há quase duas décadas sem expor na Galeria da FAV, o artista explicou que essa exposição foi idealizada com base nas linhas e nas formas da própria galeria. Mediante a demarcação sutil do espaço, as obras estão dispostas obedecendo aos contornos do espaço, o que serviu para sugerir uma ideia de conexão, de acordo com o autor. O público presente na abertura da exposição conferiu as obras e aprovou. “É bem diferente do que costumamos ver. Gostei muito e vou indicar a outras pessoas”, afirmou João Marcos, estudante de Design Gráfico da UFG.

A exposição Abstrações para Morrer de Amor estará aberta até o dia 15 de julho na Galeria da FAV, no Câmpus Samambaia. O horário de atendimento é de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h, e no período da tarde, das 13h e das 17h. A entrada é gratuita.