Professor da UNB defende desenvolvimento da química verde para o petróleo
Do Jornal da Ciência ((Viviane Monteiro)
Diante das constantes preocupações com a preservação do meio ambiente, os químicos precisam incorporar a sustentabilidade no meio ambiente e adotar a chamada química verde nos processos industriais. A opinião é do professor Floriano Pastore, coordenador de Extensão do Instituto de Química da UNB, que diz ser necessário revisar a química do petróleo, considerado um dos vilões da poluição ambiental.
O Ano Internacional da Química é um dos temas da Reunião Regional da SBPC que começou terça-feira (3) vai até sexta-feira (6).
"A química do Brasil está preta, pois ela ainda é muito baseada no petróleo", enfatizou o professor, nesta quarta-feira (4), que participou da Reunião Regional da SBPC, realizada no Câmpus Catalão da Universidade Federal de Goiás (UFG) de Catalão. As declarações de Pastore ocorreram em mesa-rendonda, com o tema Ano Internacional da Química: O Desenvolvimento do Setor e Perspectivas. Participou também do evento Paulo Cezar Vieira, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), São Paulo.
Pastore, entretanto, reconhece que o Brasil é pioneiro na produção de energia verde e já é um dos países mais avançados na sustentabilidade ambiental, em razão da criação do Proálcool, o primeiro programa destinado à substituição de derivados de petróleo.
Despoluição dos processos químicos - Ao defender o desenvolvimento da química verde, Pastore enfatizou a necessidade de despoluir os processos químicos. Ou seja, descabornizar o processo industrial. Embalado pela revolução digital, ele diz que o planeta passa por uma transformação e isso abre mais espaço para a difusão das informações sobre crime ambiental e, paralelamente, para eventuais protestos de ambientalistas. Assim como outros especialistas, o professor da UNB defendeu a integração entre universidades e empresas em uma tentativa de solucionar os problemas ambientais industriais. Embora algumas empresas já adotem práticas de sustentabilidade ambiental, o professor da UNB destaca que as atuações ainda são pontuais e os químicos podem colaborar para massificar tais ações.
Já o professor da UFScar defendeu a necessidade de os alunos de quimíca ampliarem seus horizontes para atender a necessidades de um mundo globalizado. Além do chamado núcleo duro da química (matématica, física e equações de química), ele disse que os alunos devem ter domínio de administração, biologia, leis e ética, história, empreendedorismo e computação, dentre outras qualificações.
Quelle: Jornal da Ciência
