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Novos edifícios no Câmpus Catalão

Em 16/12/09 02:41.
Inauguração dos prédios foi marcada com festa, na última sexta-feira. Até 2011, investimento em obras na unidade alcançará R$ 12 milhões

O mês de dezembro é de festa para a UFG, pois é quando a instituição celebra sua fundação. Em 2009, seus 49 anos de história são lembrados por muitos eventos. Na última sexta-feira, 11 de dezembro, um desses marcos comemorativos foi a inauguração de cerca de 8 mil m² de área construída e reformada no Câmpus Catalão (CAC). Além disso, a unidade também fez aniversário, somando 26 anos de contribuição com o desenvolvimento do sudeste goiano.

O CAC entregou à comunidade universitária a reforma dos blocos dos cursos de Geografia, Educação Física (incluindo a cobertura da quadra de esportes e a construção da piscina semiolímpica e dos vestiários), História, Pedagogia e Letras; a adequação de espaços para abrigar as turmas de Enfermagem, Psicologia, Administração e engenharias Civil, de Produção e de Minas; a construção de laboratórios e salas de apoio para os cursos de Física, Química e Biologia, de dois blocos didáticos (com 30 salas de aula e um miniauditório) e do Centro de Tecnologia e Informática. Os recursos vieram por meio do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Públicas Brasileiras (Reuni) e de emendas parlamentares. Até 2011, o CAC prevê o investimento total de R$ 12 milhões, entre o que já foi inaugurado e a construção de mais 7,2 mil m² de área, que contemplará um centro administrativo, uma creche, um centro de convivência e o Museu do Cerrado.

A solenidade foi realizada no auditório da unidade, espaço amplo com capacidade para 600 pessoas, e reuniu, além da comunidade universitária, empresários, representantes dos municípios do entorno, dos poderes Legislativo (estadual e federal) e Executivo (estadual). Na abertura do evento, foram exibidos vídeos que rememoravam o início da unidade, quando ainda era uma extensão da UFG, e o seu desenvolvimento físico, de pessoal e estrutural, ao longo de 26 anos de história.

Em seu discurso, o diretor do CAC, Manoel Rodrigues Chaves, lembrou das diversas ameaças que a unidade sofreu, ao longo das décadas de 1980 e 1990, de fechar por falta de estrutura e recursos. Mas, segundo ele, atualmente esse risco é inexistente, tamanho o empenho interno e externo para fazer o ensino superior deslanchar. “Nós que lutamos contra as ameaças de fechamento dessa instituição, hoje temos certeza de que o projeto de universidade autônoma é irreversível”, disse.

Ele lembrou que, para realizar o sonho de um câmpus cada vez mais independente e em franca expansão (realidade representada pelas obras), o CAC conta com as parcerias de sempre e vislumbra outras novas. “Renovamos o convênio com a Prefeitura por mais cinco anos, a Reitoria também tem sido fundamental na orientação dos projetos, começamos a participar efetivamente dos editais de pesquisa e passamos a integrar o projeto de integração para o desenvolvimento regional juntamente com 11 municípios do entorno”, listou Manoel Chaves.

Além do diretor do CAC, compuseram a mesa de cerimônias do evento: o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil; o prefeito de Catalão, Velomar Gonçalves Rios; o presidente da Câmara Municipal de Catalão, vereador Deusmar Barbosa da Rocha (PMDB); o deputado federal Rubens Otoni (PT) e os deputados estaduais Mauro Rubem (PT) e Jardel Sebba (PSDB); o secretário de Ciência e Tecnologia de Goiás, Joel Santana Braga Filho; o presidente da Associação Municipalista do Sudeste Goiano e prefeito de Goiandira, Odemir Moreira; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UFG, professora Divina das Dores de Paula Cardoso; o pró-reitor de Desenvolvimento Institucional e Recursos Humanos, professor Jeblin Antônio Abraão; o diretor do Centro de Gestão do Espaço Físico da UFG (Cegef), Marco Antônio de Oliveira; e os representantes dos docentes, dos servidores técnico-administrativos e dos discentes, respectivamente, Cláudio Lopes Maia, Roberto Tavares e Sérgio Idalino.

O presidente da Associação Municipalista do Sudeste Goiano, Odemir Moreira, mostrou-se interessado nas novas obras, bem como no crescimento do CAC, considerando que o ensino superior, a pesquisa e a extensão beneficiam toda a região. “Devo lembrar dos ônibus que saem de Goiandira lotados todos os dias para conduzir os moradores do município às salas de aula em Catalão”, comentou. A universidade é reconhecida não apenas pela sua participação na formação do cidadão, mas também na resolução de problemas do dia-a-dia da região. “Hoje, por exemplo, temos um grande déficit de moradia, que tentamos resolver negociando a construção de casas populares em diversas cidades”, completou.

O reitor, Edward Madureira Brasil, também reconheceu a importância da UFG no interior de Goiás e disse não conhecer, entre os mais de 100 câmpus criados nos últimos cinco anos em todo o Brasil, nenhum que tenha o mesmo porte de Catalão e também de Jataí. Por isso, afirmou ele em seu discurso, a meta é aproveitar as políticas públicas e os esforços parlamentares para “consolidar com paridade” os 20 cursos que existem hoje em Catalão.

Autonomia – O momento da inauguração das obras e do aniversário da UFG e do CAC foi, acima de tudo, uma ocasião política. O diretor do câmpus, Manuel Rodrigues Chaves, juntamente com sua equipe, aproveitou para oficializar uma luta antiga em Catalão: o projeto Universidade Federal do Sudeste Goiano. Diante das necessidades da região e da expansão contínua da unidade, a comunidade acadêmica vem se esforçando para tornar-se autônoma.

“A universidade é exemplo, somos referência na região por estarmos na UFG, mas precisamos de autonomia para crescer e fazer mais pela região. Afinal, ser um câmpus não é ser uma universidade em Catalão”, comentou a coordenadora de pesquisa do CAC, professora Maria Rita Cássia Santos. Ela conversou com a equipe do Jornal UFG minutos antes do início das cerimônias e ressaltou que um dos maiores objetivos da unidade é consolidar as práticas sociais na região. Para isso, lutam por recursos próprios e por mais chances de fomento à pesquisa.

Maria Rita concorda, contudo, que houve avanços. Em 2009, o CAC foi contemplado com quatro bolsas Desenvolvimento Científico Regional (DCE), oferecidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg) para doutores que não têm vínculo empregatício com a universidade. Em 2008, foi apenas um. “Eles são pagos para pesquisar e ficar à disposição dos grupos de estudos, mas aproveitamos para inseri-los também no ensino de pós-graduação”, explica. A conquista desses bolsistas traz ao CAC, entre outras coisas, a esperança de mais qualificação e futuras contratações.

Na visão de Manoel, apesar do momento ser de celebração de resultados físicos, a maior conquista do CAC é justamente a formação de um quadro docente (de um total de 200 professores), que é 95% composto por mestres e doutores. “Nosso salto é pelo potencial humano”, completa. Esse alto contingente de profissionais qualificados rendeu ao CAC, de 2007 a 2009, o investimento de diversos órgãos de fomento em um montante que ultrapassa os R$ 4 milhões.

Diante dos bons resultados e das boas perspectivas, o reitor Edward Madureira Brasil arrematou dizendo que, em sua visão, o CAC já é autônomo e a Universidade Federal do Sudeste Goiano (que atenderá a toda a região, mais o triângulo mineiro) já é realidade. “Estamos naturalmente caminhando para isso. O que falta, evidentemente, é a conquista do direito político”, explicou em seu discurso.

 

Fonte: ASCOM / UFG

Categorias: Interior

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