UFG participa de projeto junto ao Arquivo Nacional que criará um banco de dados com documentos sobre a ditadura militar

On 11/22/07 15:30 .
A universidade possui acervo sobre documentos do DOPS Goiás

Em visita a Universidade Federal de Goiás (UFG), o assessor de planejamento e projetos especiais do Arquivo Nacional, Márcio André Médici, realizou hoje uma reunião com servidores técnicos-administrativos do Centro de Informação e Documentação Arquivísticas (Cidarq) da UFG sobre o projeto Memórias Reveladas: Projetos de Organização, Preservação e Difusão de Acervos Públicos/Privados referentes às lutas políticas no Brasil (1964-1985).

O projeto possui o aval da Casa Civil da Presidência da República e é uma proposição da Associação Cultural do Arquivo Nacional ( ACAN) que é uma sociedade sem fins lucrativos que beneficia o Arquivo Nacional. O objetivo principal é preservar o acervo de documentos dos anos de 64 a 85, que se referem as lutas políticas no Brasil, e desse modo, será criado um centro de documentos sobre a ditadura militar.

A UFG é uma entre as nove instituições de ensino superior no país parceiras do projeto. Na universidade existem documentos da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) do Estado de Goiás que remontam fatos do período de 1964 a 1985 que foi recebido em 1996, em um convênio entre a Secretaria de Segurança Pública de Goiás e a instituição. A UFG participa do projeto com o subprojeto 8, que consiste na organização, preservação, microfilmagem e digitalização do acervo do DOPS Goiás.

A instituição possui nove metros lineares de documentos textuais, fotografias, dossiês e fotos do DOPS. O assessor Márcio Médici ressaltou a importância de divulgar o projeto em Goiás, pois se houver no estado alguém que possua nos seus arquivos pessoais documentos da época da ditadura militar, esses podem ser doados à UFG, que irá tratá-los e servirão ao banco de dados do Arquivo Nacional.

A idéia do projeto da ACAN é disponibilizar o acesso ao público por meio de um portal que estará disponível até abril do próximo. O acesso vai depender de restrições compatíveis com a classificação do documento.Por exemplo, de acordo com a lei sancionada pelo presidente Lula, os arquivos ultra-secretos poderão ser abertos somente após 30 anos.

Durante essa primeira fase do projeto, o assessor Márcio Médici explicou aos servidores técnico-administrativos do Cidarq como deverá ser feita a gestão administrativa do acervo por parte instituições detentoras dos arquivos. Nesta primeira fase do projeto, o orçamento disponível é de pouco mais de dois milhões de reais.

Source: ASCOM/UFG