Equipe da UFG realiza oficinas de educação ambiental no Amazonas

Texto: Fernando Cardoso

Fotos: Francisca Patricia de Souza Silva

O projeto Rondon é um projeto de extensão que promove o desenvolvimento sustentável e a cidadania em populações de baixa renda. Universitários de todo o País são divididos em equipes para realizar projetos voluntários nas áreas de saúde, educação e meio ambiente juntamente às comunidades e instituições de ensino. 

A equipe da Universidade Federal de Goiás, coordenada pela professora Raphaela de Castro Georg, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), foi enviada para Careiro da Várzea, no Amazonas. Na última quarta-feira (3/9), os integrantes do projeto receberam o certificado de participação entregue pela reitora Angelita Pereira de Lima, o vice-reitor Jesiel Carvalho e a pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura, Adriana Régia Marques de Souza.

Clique aqui para assistir à entrevista da professora Raphaela Georg no Boa Semana UFG desta segunda (8/9).

A estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária, Cryslaine Mikelle, conta sobre as atividades realizadas. “Nós fizemos oficinas de educação ambiental, ecoturismo, empreendedorismo, desenvolvimento sustentável e até filetagem de peixe”. Cryslaine relata que também foram realizadas oficinas voltadas para o Seguro Defeso, um benefício que garante uma renda mensal de um salário mínimo aos pescadores que ficam impedidos de pescar durante o período de defeso — época em que a pesca é proibida para permitir a reprodução e o desenvolvimento dos peixes.

A rotina dos estudantes não era leve. Eles acordavam bem cedo, montavam os materiais e pegavam o barco até as comunidades ribeirinhas para realizar as oficinas. “Houve todo um treinamento nos sábados de manhã durante dois meses, então montamos as oficinas com as demandas do próprio município, depois disso produzimos os materiais e finalmente viajamos”, afirma a estudante de nutrição Juliana Ihida.

Para o estudante de Ciências Biológicas, Matheus Silva, a experiência no projeto é a realização de um sonho acadêmico. “Desde quando eu entrei na faculdade, eu conheço o projeto e entendo a sua importância. Estar no Rondon foi a concretização de um sonho. Durante muito tempo eu tive muita vontade de poder ajudar a comunidade, de ter essa troca. Eu entendi que aquilo que eu aprendi no curso tem sido válido para a sociedade”.

A professora Raphaela de Castro fala mais sobre a preparação para a viagem. “Nós tentamos personalizar a atividade de acordo com as necessidades do município. E nós conseguimos descobrir essa demanda, porque temos uma viagem precursora antes da operação de fato acontecer e conversamos com a gestão do município para entender suas necessidades”.

Raphaela participa do projeto desde 2023, mas o projeto foi originalmente criado em 1967, inicialmente com foco assistencialista, principalmente na área da saúde, levando estudantes universitários para diferentes realidades do país para ajudar a população local. Mas desde 2005, o projeto foi reformulado para ter um caráter multiplicador, com atividades que agregam à comunidade e que podem ser replicadas pela comunidade.