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UFG atinge nota de excelência pela primeira vez

Em 29/04/25 16:51.

Indicador do MEC também coloca a Instituição no seleto grupo das 3% melhores do país

Texto: Caroline Pires

 

A Universidade Federal de Goiás (UFG) comemora o resultado histórico alcançado no Índice Geral de Cursos (IGC), que coloca a instituição entre as 3% melhores Universidades do país e na 18ª colocação entre as universidades federais. De acordo com os resultados do índice, a UFG está posicionada na faixa do IGC 5, conceituação máxima e de Excelência Acadêmica do IGC, que é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), e apresenta a métrica de qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação das Instituições de Ensino Superior. Alcançando o conceito de “Excelência Acadêmica”, a UFG entra para o seleto grupo de instituições que se destacam nacionalmente pela qualidade dos cursos de graduação, mestrado e doutorado, elevada qualificação do corpo docente, projetos pedagógicos consistentes e reconhecimento na pesquisa e na formação avançada.

De todas as 2.101 instituições avaliadas no Brasil, apenas 548 estão classificadas nas faixas 4 ou 5 do IGC. E a UFG é uma das 66 instituições que alcançaram a faixa 5, que reúne as IES de maior excelência do Brasil. Estando ainda entre as únicas 3 do Centro Oeste a conquistar essa posição. A conquista é resultado contínuo e colaborativo da melhoria em dados relacionados à graduação e a pós-graduação, e foi influenciado especialmente no que se refere aos indicadores do Ensino e pelos conceitos obtidos pelos mestrados da Universidade.

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, considera esta conquista um marco para a Universidade e aponta que, desde 2015, a instituição está em um crescimento constante na curva do IGC, o que denota o comprometimento contínuo da comunidade acadêmica com o crescimento e desenvolvimento da UFG. “Estar entre as 66 melhores universidades brasileiras e a 18ª posição entre as IFES é sem dúvida resultado de um compromisso conjunto e compartilhado entre todos aqueles que compõem a UFG. Nosso objetivo é continuar crescendo nos indicadores que influenciam o IGC”, explicou a reitora.

De acordo com ela, os movimentos no IGC são de longo prazo e refletem um trabalho contínuo de compromisso com as políticas universitárias. A reitora entende que "o crescimento nos índices, já vinham em uma crescente nos últimos 10 anos,  foi consolidado com o investimento que tem sido feito no Ensino os últimos anos. Considerando que em 2024 nossos cursos tiveram excelentes conceitos, com certeza no próximo resultado iremos consolidar e avançar nas posições entre as federais", concluiu. 

A Excelência Acadêmica reflete uma UFG que trabalha em parceria

Defendendo que ao passar a compor o grupo de 66 universidade que compõem a faixa 5 do IGC a UFG se consolida como uma das maiores e melhores instituições de ensino do país, o secretário de Planejamento, Avaliação e Informações Institucionais (Secplan), Vicente Rocha, destacou o enorme trabalho envolvido por todas as secretarias e pró-reitorias da UFG. “A nota alcançada por nossa Universidade não é obra do acaso. É resultado de planejamento, organização e gestão ao longo do tempo, com foco no que é mais importante na instituição: ensino, pesquisa e extensão. Esse êxito é reflexo também do meticuloso trabalho de sistematização de dados institucionais, que não apenas dão suporte à tomada de decisão, mas também às avaliações externas”, considerou. Segundo ele, a conquista representa a síntese do esforço coletivo e articulado entre as áreas da gestão superior, unidades acadêmicas e coordenações de cursos.

Para compreender a profundidade que passar a compor esse grupo de universidades reflete, é preciso entender as complexas métricas de Qualidade da Educação Superior, que são monitoradas pelo INEP e como os indicadores se relacionam entre si. A composição do IGC depende de métricas como os conceitos obtidos pelos cursos de graduação no ENADE, os Conceitos de qualidade dos cursos (CPCs), do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que compara resultados de egressos e ingressantes, conceitos da Capes e características do Corpo Docente. Para obter destaques nestes quesitos, são necessários anos de dedicação com políticas de gestão, que contemplem não só o Ensino, Pesquisa e Extensão, mas o emaranhado de relações entre as áreas, envolvendo ainda assistência estudantil, infraestrutura, equipamentos de laboratórios, internacionalização, políticas de inclusão e o planejamento estratégico da instituição.

Segundo o prof. Paulo Henrique Cirino Araújo, Diretor de Estudos Estratégicos (DEE/Secplan) e presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA/UFG), a evolução no IGC é resultado de muitos anos de desenvolvimento institucional e demanda o trabalho de todas as secretarias e pró-reitorias da UFG. “Para termos ideia dessa amplitude, podemos pensar em um programa de pós-graduação que alcançou o conceito máximo na Capes e influenciou positivamente o índice. Esse resultado só é possível se o curso se internacionalizar, por exemplo, e nesse ponto, são necessárias ações realizadas pela Secretaria de Relações Internacionais, que se torna então uma peça fundamental de todo o processo”, exemplificou.

De acordo com o professor, a compreensão da amplitude do IGC exige a necessidade do entendimento de que se trata da apresentação de dados que fundamentam toda a política acadêmica de uma instituição de ensino. A curva crescente da UFG começou em 2015, mas só agora, dez anos depois, foi possível entrar no seleto grupo da Faixa 5 do IGC. “Os esforços com o planejamento estratégico empregados pela universidade, sem dúvida nenhuma, orientaram e sistematizaram às ações institucionais para o respectivo resultado. Especialmente porque ele foi aderido não só pela gestão superior, mas também por todas as instâncias administrativas e acadêmicas da UFG, o que culminou e antecipou essa conquista histórica para a universidade”, concluiu.

Atuação da graduação e pós-graduação

O excelente desempenho dos cursos de graduação da UFG no resultado do ENADE 2023 foi um componente que contribuiu de forma significativa para que nossa universidade melhorasse sua posição no IGC, de acordo com o pró-reitor de Graduação, Israel Elias Trindade. Ele afirma que no ciclo de 2023 participaram cursos da área da saúde, agrárias e engenharias e, em sua quase totalidade, foram atingidos conceitos ótimos e de excelência máxima. “Dessa forma, houve uma melhoria significativa no Conceito Preliminar de Curso (CPC) que, por sua vez, contribuiu para melhoria do nosso Índice Geral de Curso (IGC)”, constatou.

Israel Trindade considera ainda que esse resultado “se soma ao das visitas in loco, realizadas em diversos outros cursos da UFG, ao longo de 2023 e de 2024, e que também apresentou números igualmente animadores". Isso tudo sinaliza que a tendência é a UFG se consolidar na faixa máxima de excelência”. O pró reitor destacou também que essa conquista sinaliza, ainda, que as políticas implementadas pela gestão atual para o fortalecimento do ensino de graduação tem surtido resultados esperados e que o trabalho implementado nas unidades acadêmicas, com o empenho de nossos professores, servidores técnicos e estudantes, têm garantido um ensino de graduação de qualidade e socialmente referenciado.

O pró-reitor de Pós-graduação da UFG, Felipe Terra Martins, considerou que a nota média dos mestrados e doutorados da Universidade tem se mantido constante, desde a avaliação quadrienal de 2021. ”Porém, a proporção dos estudantes de mestrado e doutorado subiu significativamente em 2023, em relação a 2022, passando de 0,22 para 0,25 no mestrado, e de 0,23 para 0,25 no doutorado. Isso pode ser visto como fruto da recuperação de interesse na pesquisa e na carreira científica, com o fim da pandemia e o retorno das políticas públicas federais de incentivo à pesquisa e inovação”, defendeu. Segundo ele, no somatório final do indicador, a pós-graduação contribuiu com 2,34 e a graduação contribuiu com 1,67 para que a nota final alcançada, de 4,008. “Existe uma influência dos nossos mestrados e doutorados inclusive nos cursos de graduação, pois sabemos que qualidade do Ensino em muito é fruto do pertencimento do conhecimento fronteiriço potencializado pela pós-graduação”, finalizou. 

Como funciona o IGC?

O Índice Geral de Cursos é dividido em IGC Contínuo e IGC Faixa. O primeiro índice é uma medida dinâmica e atualizada da qualidade dos cursos das Instituições de Ensino, envolvendo graduação e pós-graduação, e é calculado anualmente e que permite a avaliação do desempenho em determinado momento. Como resultado, o IGC Contínuo apresenta um número, que é utilizado para classificar as instituições por faixas, num intervalo que vai de 1 a 5, assim, ao conquistar o IGC contínuo de 4,008, a UFG conseguiu avançar para o grupo de 66 instituições que estão no conceito 5, a máxima de classificação possível no IGC Faixa.

Segundo o prof. Paulo Henrique Cirino Araújo, “no ano passado estimamos que se continuássemos crescendo naquele ritmo, em 2025 iríamos alcançar a faixa 5 do IGC. Ficamos muito felizes de ver essa expectativa se concretizando”, comemorou.

 

Fonte: Secom/UFG

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