
Seminário discute os caminhos para gestão de pessoas na UFG
Palestra de abertura abordou o uso de inteligência artificial no mundo do trabalho
Texto: Jayme Leno e Caroline Pires
Fotos: Carlos Siqueira
Com o objetivo de proporcionar um espaço para discussão das tendências e desafios da gestão de pessoas na UFG, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Propessoas) deu início nesta quinta-feira (13/3) ao I Seminário de Gestão de Pessoas. O evento foi uma oportunidade para que os gestores pudessem se voltar para refletir como construir uma Universidade melhor com todos aqueles dedicam seu tempo e trabalho à UFG: servidores e colaboradores. A programação que se estende até sexta-feira (14/3), e apresentou palestras e espaço para falas dos participantes. Foram convidados a acompanhar a programação gestores da UFG e de outras Universidades, como a Universidade Federal de Catalão (UFCat) e Universidade Federal de Jataí (UFJ), além do Instituto Federal de Goiás (IFG) e Instituto Federal Goiano (IFGoiano), que enviaram representantes. Foram discutidos temas como inteligência artificial no serviço público, caminhos para uma aposentadoria saudável, equilibro entre a vida pessoal e profissional, além do Plano de Gestão de Desenvolvimento (PGD), que está em andamento o na UFG desde o ano passado. Todas as atividades foram realizadas no Salão Nobre da Faculdade de Direito. Confira a galeria de fotos do evento.
O pró-reitor da Propessoas e organizador do seminário, Sauli dos Santos Júnior, explicou o propósito do evento ao afirmar que se tratava do momento "de um olhar para dentro, um olhar para nós, praticamente conversar um pouco aqui durante esse um dia em meio do seminário, o que é realmente possível, essa organicidade, essa questão mais orgânica, então, os nossos desafios que são constantes, iminentes e inovadores a cada momento." A fala representa a proposta de refletir sobre os desafios que a comunidade enfrenta, com uma abordagem que se adapta às mudanças constantes e busca soluções inovadoras para questões atuais. Também na abertura do evento, a diretora-executiva da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), Sandramara Matias Chaves, uma das apoiadoras do evento, compondo a mesa de honra, reiterou o quanto é desafiador gerir pessoas. "A gestão de pessoas hoje é um grande desafio" , comenta, devido às constantes mudanças que o mundo tem experimentado. Ela ressaltou que, embora o tema das transformações esteja em pauta há algum tempo, "efetivamente o mundo está mudando", e as transformações que nos cercam, embora assustadoras, também são fontes de impulso e inovação. Segundo a diretora, é importante se reinventar e se qualificar para enfrentar os desafios do mundo que está em constante mudança, destacando que a adaptação é essencial para os profissionais do futuro. Ela também ressaltou que o sucesso da UFG, é uma das principais universidades do País, resultado do esforço coletivo de docentes, técnicos administrativos e estudantes. Para ela, a gestão de pessoas deve considerar a dimensão humana de cada colaborador, reconhecendo suas histórias e trajetórias pessoais.
O pró-reitor Adjunto do Propessoas, Maurício Donizetti Pieterzack, reforçou a importância do evento na busca estimular a implementação de boas práticas e soluções inovadoras para a gestão de servidores, promovendo maior eficiência e bem-estar no ambiente de trabalho. Ele menciona o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) que foi lançado no ano passado, tendo em consideração os novos meios de trabalho, mas completa informando que o seminário não será somente sobre esse assunto, abordando assim, outras questões da gestão de pessoas. Participaram da mesa de abertura ainda o presidente do Sindicado dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg Sindicato), Geci Silva, e o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sintifesgo), Fernando Mota.


Falas ressaltaram a necessidade de discussões sobre gestão de pessoas nas instituições públicas

Eduardo Meirinhos apresentou repertório de Heitor Villa-Lobos
Letramento em IA
A palestra de abertura do evento trouxe o tema da inteligência artificial, que tem ganhado muito destaque nos últimos anos, e o desafio para o bom uso e desenvolvimento de práticas adequadas dessa ferramenta, que tem potencial enorme para interferir na vida das pessoas. Com o tema "A inteligência artificial no ambiente de trabalho", foi ministrada logo após a abertura do evento, pelo professor da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas (Face UFG), Ricardo Limongi, na qual abordou os benefícios e os perigos do uso de ferramentas que utilizam de inteligência sintética.
O palestrante comenta de estudos que provam que o uso excessivo da ferramenta prejudica o raciocínio cerebral, a partir da perspectiva da neurociência. “O grande desafio é que o nosso cérebro é plástico [consegue se adaptar e mudar ao longo do tempo], eu tenho que necessariamente ficar movimentando. E cada vez mais, em que eu estou terceirizando todo o processo para a inteligência artificial”, explica Rodrigo, pontuando que esse ação acaba diminuindo o QI [quoeficiente de inteligência] do usuário e a autonomia racional de produção. Ricardo Limongi reforçou a importância de que as pessoas sejam formadas no letramento na área de inteligência artificial, para que se possa conhecer os limites e aplicações da ferramenta, que em nada substitui o trabalho humano. Ele alertou ainda sobre a necessidade de que sejam aprovadas leis que garantam a proteção de dados e que permitam ao usuário saber exatamente como as informações fornecidas serão utilizadas e até que ponto.
Ele reitera que as ferramentas são realidades, e devem sim serem usadas, porém, de forma consciente que ela está ali para auxiliar o ser humano e não substituí-lo. Segundo o professor, a inteligência artificial é uma automação de tarefas que pode diminuir muito tempo de atividades repetitivas, então deve-se ensinar os usuários a manuseá-las, pois na maioria das vezes, eles não entendem o que está acontecendo ali. Ao final, os participantes puderam levantar questões e dialogar sobre o tema e suas possíveis aplicações diárias.

Fonte: Secom UFG
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