Lançada pedra fundamental do Espaço Intercultural Indígena

Texto: Caroline Pires

Fotos: Evelyn Parreira e Júlia Barros

A Universidade Federal de Goiás (UFG) lançou na tarde de segunda-feira(10/2), mais uma obra que demonstra a preocupação com a inclusão e o respeito às diversidades. Trata-se do lançamento da primeira, das três pedras fundamentais, que marcam o início das construções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Instituição. A construção do Espaço Intercultural UFG tem a previsão de ser concluída em julho de 2026, terá área total 3.723 m² e custará 17,8 milhões de reais. A ideia é o que o local funcione como um ambiente multiuso para os estudantes indígenas, contando com auditório, alojamento, refeitório, redário, área infantil e espaço de convivência. A obra será erguida em área situada próximo ao Parque Tecnológico, no Câmpus Samambaia. A autoria do projeto arquitetônico é de Lívia Maria Pereira da Silva Moreira, coordenadora do Laboratório de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Artes Visuais (FAV).  A cerimônia foi prestigiada por estudantes indígenas, e suas famílias, que participaram da colação de grau do curso Educação Intercultural. Confira a galeria de fotos do evento.

Em seu discurso, a autora do projeto, Lívia Moreira, ressaltou a sensibilidade e escuta que foi necessária para que cada detalhe do Espaço Intercultural pudesse atender às necessidades para uma construção que fosse acolhedora e inclusiva. "Esse projeto transcende paredes, foi preciso muita sensibilidade e reafirmo em cada detalhe o compromisso em atender a todos. Como arquiteta, tentei respeitar toda a coletividade e inspirar a conexão humana", destacou. Ela lembrou ainda que o espaço contará com o auditório batizado de Maria do Socorro Pimentel da Silva, em homenagem a docente da UFG, falecida em 2021, e que dedicou sua trajetória a formação de professores indígenas. A secretária de Infraestrutura da UFG, Poliana Paula Nascimento, destacou que o lançamento da pedra fundamental é "uma momento de celebração e, acima de tudo, um marco do nosso compromisso com cada indígena que está aqui presente", afirmou. 

Ao destacar que se trata de uma área privilegiada, ao lado da Reitoria da UFG e próxima a entrada principal do Câmpus Samambaia, e que essa escolha denota o respeito da UFG com o Espaço Intercultural, o vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas Carvalho, frisou que o lançamento é um momento de alegria e que torna possível vislumbrar a realização um sonho. "A obra já está contratada e em fase de execução. Daqui 18 meses estaremos comemorando essa inauguração magnífica e com um simbolismo único". O evento contou ainda com a presença especial da diretora de desenvolvimento da rede de Instituições Federais de Ensino Superior do Ministério da Educação, Tânia Mara Francisco, que veio de Brasília especialmente para este momento. Ela ressaltou a priorização que o governo federal tem dado para as Universidades, e a educação brasileira como um todo, com um investimento de R$ 5,5 bilhões, por meio do PAC, anunciado em meados de 2024. Ela ainda destacou a eficiência da gestão da UFG na realização do projeto e da contratação da obra, após a liberação dos recursos por parte do MEC. "Isso representa a possibilidade de acolher mais efetivamente os nosso indígenas", concluiu sua fala. 

Já a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, lembrou que a construção do espaço nasceu de um sonho, fruto de uma ação coletiva iniciada ainda em 2022 e que foi possível graças a esse excelente momento de investimento na educação superior que o Brasil tem vivido. "Naquele ano nós tínhamos uma ideia e um projeto e trabalhamos arduamente para conseguir realizá-lo. Nos ficamos gratos em perceber que o governo Lula teve sensibilidade suficiente para acreditar e permitir esse investimento tão valioso", comemorou a reitora. Ela reforçou que o prazo para conclusão da obra é de um ano e meio e que, muito em breve, o espaço já poderá ser utilizado por todos.

Na quarta-feira (12/2), será a vez do Câmpus Aparecida de Goiânia receber a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Restaurante Universitário, também resultado dos investimento do PAC na UFG. Ao todo a UFG recebeu R$ 32 milhões para a construção das obras, as quais se soma ainda o Centro de Aulas a ser construído no Câmpus Goiás. A UFG foi ainda uma das dez universidades federais agraciadas com a possibilidade de expansão dos seus câmpus. O PAC destinou ainda 60 milhões de reais para a consolidação do Câmpus Cidade Ocidental, que tem a estimativa de receber estudantes para seis cursos de graduação ainda este ano, em uma sede provisória. O projeto da sede própria do câmpus já está finalizado e, muito em breve, oferecerá um espaço de 8 mil m² para os estudantes.  

Solenidade reuniu indígenas, gestores da UFG e representante do Ministério da Educação

Espaço Intercultural será construído próximo ao Parque Tecnológico e a Reitoria da UFG

Lívia Moreira, arquiteta responsável pelo projeto, apresentou detalhes da construção aos presentes