Salão Nobre da Faculdade de Direito é reinaugurado nos 64 anos da UFG

Texto: Versanna Carvalho 

Fotos: Júlia Barros

Palco de momentos importantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da democracia brasileira, o Salão Nobre da Faculdade de Direito (FD/UFG) passou por uma reforma durante o ano de 2024 e agora foi reinaugurado e devolvido à comunidade acadêmica em evento realizado na quarta-feira (11/12). Clique aqui para ver o álbum de fotos do evento.

O Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFG foi fundado em 1969 após a transferência da unidade acadêmica da Rua 20, no Centro, para o hoje Câmpus Colemar Natal e Silva, no Setor Universitário. O auditório está na lista das 18 obras realizadas pela gestão superior ao longo do ano de 2024, em decorrência do déficit zero obtido no final do ano fiscal de 2023.

 

 

Antes, o espaço comportava até 164 pessoas sentadas. Com a reforma, passou a ter aproximadamente 170 lugares na plateia - sendo previstas poltronas para o público geral, pessoa obesa, pessoa com mobilidade reduzida e espaços livres para pessoa com cadeira de rodas.

A reforma ficou a cargo da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) da UFG, sob a responsabilidade do arquiteto e urbanista Leonardo Dimitry Silva Guimarães. O diretor de Projetos da Seinfra e arquiteto, Matheus Aguiar Moller, também participou dos trabalhos juntamente com os engenheiros fiscais Carlos Teixeira, Thyago Gumeratto e Luiz Carlos Martins.

A titular da Seinfra UFG, Poliana Nascimento, ressaltou a importância histórica do espaço, o qual representa não apenas o patrimônio físico da nossa Instituição, mas também sua tradição acadêmica e cultural. Sobre a reforma do auditório, que passou a contar com novos aparelhos de ar condicionado, novo piso, cadeiras e a ter a cor símbolo do Direito, vermelha, como a cor predominante, ela revela o cuidado com que a obra foi executada.

“Essa reforma representa o nosso compromisso, o compromisso da Instituição, com o zelo com o patrimônio público e com a promoção de ambientes que inspirem o aprendizado, a inovação e a competência. Cada detalhe foi pensado com cuidado, respeitando a história e o simbolismo deste espaço, mas também integrando modernidade e funcionalidade”, ressalta Poliana. 

Processo simbólico

Para o diretor da FD UFG, José Querino Tavares Neto, a entrega desse salão é resultado de um longo processo simbólico. “Não é um salão qualquer, é um salão que originou os processos políticos importantes, tivemos instantes tensos e difíceis na história da nossa Universidade e da nossa democracia. Queremos que ele continue sendo assim esse espaço dialogal, sobretudo onde as pessoas possam participar, sendo inclusivo, coletivo e plural”. 

 

 

O efeito simbólico da reinauguração também foi comentado pelo vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas Carvalho, uma vez que a Faculdade de Direito da UFG é uma das escolas fundantes da UFG, a unidade acadêmica mais antiga da Instituição, além de ter sido uma das primeiras instituições de ensino superior em Direito do País. “Para além de toda a importância histórica da Faculdade de Direito, essa é uma manhã simbólica porque nós fizemos muita coisa [gestão superior]. Principalmente no ano passado, quando conseguimos regularizar as contas correntes da Universidade, as contas de custeio. Deixamos de ficar reféns do déficit orçamentário que perseguiu a Universidade por vários anos e conseguimos algum recurso para iniciar a reparação desse enorme passivo da Universidade”. 

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